José Américo Castro: De insinuações caninas à operação Hermes

Ao colocar na pauta da Câmara um projeto ilegal e de cunho escancaradamente eleitoreiro, o presidente da casa “San de Paulista”, tentou desviar o boicote que articulou ao projeto do Desembahia, o qual que permitiria ao município a obtenção de empréstimos para a pavimentação de mais de 20 ruas.

O oportunismo com o projeto da TIP foi um ato demagogo, transvestido de populismo, ou tentativa disso. Oportunismo inspirado no vírus.

Mirando no espelho da estupidez San tem extrapolado a sua condição de Presidente do Poder Legislativo, onde a mediação lhe seria mais sensata.

As agressões verbais direcionadas em plena sessão ao vereador Claudio Nascimento mostrou um presidente desesperado. A sua conduta naquela manhã do dia 28 de maio, feriu o decoro parlamentar e a boa educação.

A prerrogativa de presidente não lhe cobre com o véu da impunidade, como supõe ter. “Nenhum ato publico pode violar o principio da razoabilidade que rege as manifestações parlamentares”.

A conduta do vereador/ presidente configura quebra do decoro parlamentar, ainda que se considere a imunidade parlamentar, sujeitando-se à perda do mandato, com base no artigo 55, II, e parágrafo 1º., da Constituição.

O gesto e a verbalização de San de Paulista demonstrou a um só tempo uma falta de decência , ao dizer que seu colega Claudio Nascimento “fica latindo” ( comparando o mesmo a um cachorro), como uma falta de compostura em relação à função pública que exerce e para a qual foi eleito e, sobretudo, uma atitude aética.

Seja nos termos da Constituição Federal, seja nos termos do Regimento Interno da Câmara, o vereador San de Paulista mostrou um procedimento incompatível com o decoro parlamentar.

No calor da discussão o vereador Claudio Nascimento questionou o gasto da ordem de 5 mil reais em combustível durante apenas um mês com um veículo da Câmara Municipal.

San disse que Claudio fosse reclamar no Ministério Publico. E foi isso que aconteceu, resultando na Operação Hermes, da Policia Civil. Na mitologia grega Hermes é o deus grego da riqueza, da sorte, da fertilidade, do sono, da magia, das viagens, das estradas, do comércio, da linguagem e dos ladrões.

A apuração dos fatos pode apontar outras divindades. Adentrar em novas áreas mitológicas e encontrar com Baco, o deus das farras, orgias e embriaguez. Chegar em Narciso cujo mito simboliza a vaidade e a insensibilidade.

 

José Américo Castro é jornalista

 

 

 

As opiniões contidas neste artigo não representam a opinião editorial do Ipiaú Online e ilustram ponto de vista unicamente do autor


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