Itabuna: Criança indígena venezuelana morre com sinais de desnutrição em abrigo

O corpo da criança foi velado nesta quarta-feira (8) e enterrado no Cemitério Campo Santo Crédito: Reprodução/TV Bahia

Uma criança indígena venezuelana, de dois anos, morreu em Itabuna, no sul do estado, com sinais avançados de desnutrição. A criança da etnia Warao vivia em uma escola, no bairro Mangabinha, que serve de abrigo temporário para imigrantes mantido pela prefeitura de Itabuna. O caso aconteceu na terça-feira (7).

O corpo da criança foi velado nesta quarta-feira (8) no Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães e levado para o Cemitério Campo Santo.

Em nota, a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) de Itabuna lamentou o ocorrido e afirmou que a pelo menos nove meses mantém a assistência humanitária no Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães para subsistência dos imigrantes indígenas venezuelanos.

“Há o fornecimento de todas as refeições, inclusive especial às crianças. Também oferece material de limpeza e higiene pessoal, atendimento em saúde, encaminhamento para a rede escolar e cuidados sanitários”, explicou.

Em entrevista à TV Santa Cruz, o tio da criança, Amário Matos, afirmou que a quantidade de comida fornecida pela prefeitura não é suficiente para alimentar todas as pessoas do abrigo, que conta com 11 famílias, sendo 36 crianças. “Não [recebemos] muita comida, um quilo de macarrão, um quilo de arroz, um quilo de farinha de trigo, dois quilos de tapioca e dois frangos cada um para duas semanas”, contou.

A Semps afirmou que disponibiliza ainda uma equipe técnica com assistente social e psicóloga para fazer o acompanhamento do grupo dentro do abrigo e que os profissionais já relataram terem chamado a atenção das famílias em relação a alimentação das crianças. Ainda de acordo com a secretaria, a comida é enviada para os imigrantes de acordo com os alimentos que mais estão familiarizados, por solicitação das próprias famílias.

Ainda em nota, a Semps afirmou que, apesar dos esforços para manter a ajuda humanitária no abrigo, “por conta de sua cultura diferente, os imigrantes não têm muita preocupação com a higiene, inclusive não atendem às orientações sanitárias e ambientais em relação ao acondicionamento de lixo”.

Correio24horas


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