Ipiaú: Zé Tenaz é colado na bateria há mais de cinquenta anos

 

Arquivo pessoal

Ele tem mais de meio século de musicalidade e já ingressou no seleto grupo dos artistas lendários do município e região.

Natural de Poções e batizado com o nome de José Silva Santos, mas conhecido pelo apelido de Zé Tenaz faz o que a musica pede, conta com boa coordenação motora, um ouvido acurado para ritmo.

Tem consciência da importância do seu instrumento para o desempenho da banda e de que a sua responsabilidade numa apresentação é semelhante à de um maestro, pois determina o andamento da execução do concerto. Não lhe falta precisão, técnica e sensibilidade.

“Rodado”, como se diz na gíria, Zé passou por algumas das melhores bandas de baile da Bahia: Joedson (Ipiaú), Mach Five(Valença) e Embalo 4(Jequié), Grupo Imaginação… tocou com Luiz Caldas, Durval Caldas, Roberto Caveira, Gatinha, Julio Nascimento, Netinho Cabral(Ubatã), Celso Rommel e uma enormidade de músicos talentosos.

Aportou em Ipiaú, onde constituiu família com dona Maria de Lurdes Silva Santos (Lurdinha).

NOS BAILES DA VIDA

Foi em Poções, sua terra natal, que Zé iniciou a carreira musical e ganhou o apelido de “Tenaz”. Colou nos ensaios da banda “Os Fantasmas” e ninguém lhe descolou do sonho de ser baterista.

Aprendeu a lidar com o instrumento e com pouco tempo já estava no grupo. Depois da iniciação em Poções ingressou no elenco do conjunto “Os Intrépidos”, de Vitoria da Conquista.

Em julho de 1975 chegava a Ipiaú para compor o Grupo Imaginação, juntamente com Jocely Pinheiro (guitarra), Goleiro (baixo), Molina(teclados), Enock Bezerra(sax), Clóvis Reis( piston) e o vocalista Wasginton.

Em 1977 já estava na Banda Joedson, junto com Luiz Caldas, Sikilingue, Durval Caldas, Genésio, Leão e companhia.

Participou de duas formações da Joedson e também tocou nas bandas Românticos Boemia ( Jaquaquara),Perkata de Couro e Primitiva.

Nos bailes da vida ele consolidou a profissão que lhe garante o sustento da família.

Zé Tenaz toca todos os ritmos, mas confessa uma preferência pelo pop rock. Admira o baterista Serginho, do grupo Roupa Nova, e se diz fã de Matt Sorum, da banda norte americana Guns N’ Roses

O músico Giva Moreira realizou vaquinha solidária e adquiriu bateria nova para o veterano

NÃO DESCOLA

Sabendo que a atividade de baterista exige muito do corpo, Zé não descuida do preparo físico. Bate uns babas, faz caminhadas, malha. “Tocar bateria é como jogar uma partida de futebol”, compara.

Talvez por essa analogia não se incomode com o fato de seus filhos trocarem o caminho da musica por belas jogadas nos gramados. Junior e Igor brilharam na Seleção de Ipiaú e outros escretes da região. O primeiro como goleiro e o segundo na condição de excelente volante.

Zé revela que o apelido “Tenaz” foi dado por um amigo de nome Sandoval. “Ele dizia que quando eu colava em alguma coisa era difícil de largar”.

Igual a propaganda da cola homônima: “Cole com Tenaz e descole se for capaz”, José Silva Santos colou no objetivo de ser baterista e foi assim que se tornou Zé Tenaz.

Ninguém foi capaz de lhe descolar desta ideia. Mais de 50 anos de batera, muita historia.  Uma lenda.

José Américo Castro 


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