Os demitidos da Mirabela que cumprem aviso prévio vivem um dia de ilusões após o outro. Uma hora dizem que a empresa aumentará o prazo do aviso para mais de um mês, outra hora ouve-se falar que o Governo do Estado intervirá liberando recursos para que o Projeto Santa Rita não feche por agora, o que nos soa algo estranho uma vez que o problema não é emergencial mas sim derivado da inviabilidade econômica do níquel no mercado internacional, em meio aos baixos preços do produto, que não sustentam os pesados investimentos feitos na mina, em Itagibá.
Numa verdadeira sinuca de bico, os mineiros se manifestam e exigem solução. Mas haverá solução imediata para a Mirabela? Só Deus sabe e, talvez, os investidores. Por outro lado, TEM QUE HAVER solução para o problema econômico de Ipiaú, cidade pólo regional que viu minguadas de um ano para o outro a maior parte das suas chances de se tornar viável na geração de emprego e renda.
Há esboço de reação com o investimento em uma mini fábrica de chocolate. Mas ainda é muito pouco para manter por aqui todos os empreendimentos que tem dado à cidade o gás que trouxe desenvolvimento nos últimos oito anos. A falta de perspectivas assusta o comércio, os trabalhadores, as famílias.
De cidade polo, Ipiaú corre o risco de se transformar em cidade dormitório, com seus operários atuando em cidades vizinhas de médio porte e voltando para casa todos os dias só para jantar e dormir. Uma cidade mantida por aposentados e parcos recusos do cacau.
Este pesadelo não pode acontecer. Mas isso dependeria de uma ação forte de toda a sociedade unida na busca por uma solução. Acontece que estamos em um ano de campanha política e pedir união em uma hora dessas parece fora da realidade.
Outra coisa… você já notou quantas placas de “aluga-se” tem aparecido de uns dias para cá em prédios comerciais de Ipiaú?
Celso Rommel / Ipiaú on Line
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