A campanha contra as hepatites virais é uma iniciativa importante para aumentar a conscientização sobre essas infecções, que podem ser graves e até mesmo fatais se não forem tratadas adequadamente.
De acordo com o médico hepatologista ipiauense Dr. Marcelo Costa Silva, hepatite é toda inflamação que acomete o fígado, podendo ser de diversas causas: doença viral (vírus A, B, C, D, E), outras infecções por vírus que tem tropismo pelo fígado como o citomegalovírus e também o vírus Epstein-Barr, doenças de base autoimune, doença de deposito, álcool, ervas e alguns fitoterápico.
A campanha Julho Amarelo é essencial para conscientizar as pessoas sobre as hepatites virais, promover a prevenção, realizar exames de diagnóstico e fornecer tratamento adequado para evitar complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. A vacinação e medidas de higiene são fundamentais para reduzir a incidência dessas infecções.
“A doença pelos vírus A da hepatite se apresenta de forma aguda, às vezes com manifestações clinica como febre, vômitos, dor abdominal, aumento das enzimas hepáticas, icterícia (olho amarelo), colúria (urina escura) e às vezes com sintomas leves como um simples mal-estar” informou o hepatologista Dr. Marcelo
As hepatites B e C são geralmente transmitida por contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen e secreções vaginais. Pode levar à infecção crônica, aumentando o risco de doença hepática grave. A vacinação também é recomendada para prevenir a infecção.
Em entrevista ao IPIAÚ ONLINE, Dr Marcelo salientou que as hepatite B e C apresentam-se principalmente na forma cônica e é assintomática na grande maioria das vezes. Quando apresenta sintomas na fase crônica esta relacionada com a descompensação da doença hepática, cirrose ou câncer do figado.
O tratamento das hepatites pode variar dependendo do tipo de hepatite e da sua gravidade. Dr. Marcelo pontuou sobre o tratamento específico para as hepatites virais mais comuns:
“A hepatite pelo vírus A tem uma evolução benigna na maioria das vezes e se cura espontaneamente sem necessidade de tratamento especifico.
A hepatite pelo vírus B e C existe tratamento com medicação antiviral. O tratamento da hepatite C este bastante simplificado, com medicação oral e duração de 12 a 24 semanas a depender do perfil do paciente, com chance de cura acima de 95%.”
Ainda segundo o hepatologista, o tratamento da hepatite B é mais complexo, porém existem medicações antivirais com boa barreira genética e resultados satisfatórios.
É importante ressaltar que o tratamento das hepatites deve ser realizado sob a supervisão de um profissional de saúde especializado, como um hepatologista ou infectologista. O acompanhamento regular e a adesão ao tratamento são essenciais para obter melhores resultados.
COMO SE PREVENIR
A prevenção das hepatites é fundamental para reduzir o risco de infecção e evitar complicações graves no fígado.
“Para as hepatites A e B existem vacina disponível na rede pública. A prevenção da hepatite C envolve cuidado com material contaminado: Material de manicure sem esterilização, sangue contaminado, uso de drogas ilícitas injetáveis ou inaladas compartilhadas e ate contato sexual desprotegido. Não existe vacina contra a hepatites pelo vírus C.” finalizou Dr. Marcelo
Prevenção e tratamento adequado são fundamentais para controlar a progressão da doença e evitar complicações.
Ipiaú Online / Fábio Rodella
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