Ipiaú: Delegado promete resposta rápida para assassinatos de adolescentes

Policial descreveu na Nova FM um quadro preocupante da criminalidade em Ipiaú e região

O portiguar Rodrigo Fernando é apaixonado pela área de segurança pública.  Policial Militar designado como delegado de Polícia Civil há dois anos, ele afirmou, em entrevista ao programa Jornal da Nova, que durante esse tempo não tirou férias e nem sabe quando irá descansar. Ele tem encarado muito trabalho em Ipiaú, onde no ano passado foram registradas 2.700 ocorrências somente no Complexo Policial em que está atuando há pouco mais de um ano.

Em uma detalhada entrevista concedida ao programa Jornal da Nova, o delegado comentou a sensação de insegurança causada pelo número de homicídios considerado elevado para uma cidade do porte de Ipiaú. Em menos de um mês foram três mortes e quatro tentativas, marcando a entrada do ano negativamente.  “A investigação é dificultada porque trata-se de pessoas que são usadas de fora do município, ficam dois ou três dias, praticam o homicídio e saem. O aumento do crime é cíclico. e a demanda de Ipiaú é enorme. Infelizmente a cidade  é referencia no mundo do crime em relação ao tráfico. Daqui parte muita droga para outras regiões e até para fora do estado”.

Rodrigo Fernando falou sobre os assassinatos dos adolescentes  Henrique “Neném” e Manoel Santos Trindade, de 15 e 16 anos de idade, ocorridos no último final de semana, afirmando que deverá agir rápido para apresentar à sociedade uma resposta. ” Em dez dias estarei dando a resposta a esses dois homicídios que estão interligados.  Só divulgo a autoria desses homicídios ( que ja temos a certeza de quem foi ) com a realização da prisões. Mas vale lembrar que as vezes os autores desses crimes são mortos primeiro pelas facções”.

Henrique “Neném” e Manoel Santos Trindade foram executados no ultimo final de semana em Ipiaú

O delegado falou ainda sobre a ação da criminalidade em arregimentar menores para atuarem no tráfico. ” Estão arregimentando adolescentes com vida fácil, mulheres e drogas. Se você for analisar o currículo de alguns adolescentes assassinados com 15 anos você toma um choque. A gente começa a investigação analisando a vida das vítimas e podemos afirmar com certeza que as duas vítimas tinham envolvimento com o tráfico'”.

O policial não se negou a fazer uma análise triste, mas realista, do problema: “Estamos perdendo espaço para a criminalidade. Não tem segurança que se sustente sem uma política de distribuição de renda. Já temos umas duas gerações perdidas para o crime. Educar não é a função da polícia”.

Ipiaú Online


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