Ipiaú: Alternativa para viabilizar a conclusão do Edifício Santa Paula

A reportagem do IOL, teve acesso a informações recentes que uma construtora de São Paulo estaria disposta a negociar com os proprietários do edifício Maison Valle dos Rios, situado na Praça Rui Barbosa, centro de Ipiaú, visando a conclusão na construção do prédio, interrompida há mais de quarenta anos. O emblemático edifício, é popularmente conhecido como Santa Paula, ou SANTA PAUSA.

Um dos proprietários, o empresário Alex Muniz Ferreira, revelou a época ao IOL, que os engenheiros da referida empresa estiveram em Ipiaú em procedimento de vistoria da obra, a fim de emitir proposta para conclusão do primeiro difícil alto de Ipiaú. ”Foi uma obra muito bem feita e toda a estrutura está preservada, pronta para ser concluída quarenta anos depois”, conclui um dos agentes vistores.

O prédio que se tornaria um símbolo do progresso e pujança da cidade de Ipiaú e da cacauicultura local, serve de símbolo de uma monocultura decadente e ainda hoje, de testemunha da falta de inteligência coletiva na equação econômico-financeiro do problema.

O emblemático prédio, foi erguido no final dos anos setenta pela Construtora Santa Paula, com um projeto bastante arrojado a época, previa dezoito apartamentos, dois por andar, centro comercial no térreo e sobreloja e estacionamento no subsolo. Era o sonho do crescimento vertical da cidade, tal qual na capital…

No entanto, uma crise patrimonial na empresa construtora, levou ao abandono da obra que acabou sendo adquirida por um conjunto de cinco proprietários independentes. Desde então permanece o impasse para que possa se viabilizar a conclusão, uma vez que até o momento, ainda não apresentaram uma proposta concreta a municipalidade.

Destarte, nos anos noventa o empresário Alex Muniz construiu no térreo e sobreloja do prédio, o Shopping Liberdade e instalou garagens subterrâneas que funcionam normalmente. Essas adequações trouxeram sobrevida ao edifício, que antes permanecia isolado por tapumes. Lamentavelmente. Menos mal, porém insuficiente, execrável a uma cidade que se lança a Sede Comercial Microrregional… prestes a receber inúmeros e anunciados investimentos comerciais, industriais, minerais e da tão esperada transformação da região, num Polo Fruticultor e Processador da Amêndoa do Cacau (fábrica de chocolates e derivados para exportação para o resto Brasil e exterior).

Agora o prédio vive a eminência de sua mais decisiva expectativa em quatro décadas. A dificuldade porém é quanto ao acerto com um dos proprietários. Representante de um espólio familiar, o referido proprietário, que reside em Jequié, estaria oferecendo resistência à proposta financeira da construtora para vender sua parte. Os demais, entretanto, já concordaram, e pressionam por uma resolução.

Conforme disse Muniz, seria apenas questão de tempo para que as partes interessadas fechem o acordo final. Um investimento de cerca de dois milhões de reais seria necessário para a conclusão da obra, incluindo a instalação de elevador e a reposição de toda a rede elétrica, dados, voz, controle de acesso, hidráulica e sistema de combate a incêndio.

Estudos comparativos aventados pelo IOL, apontam que há muitos ipiauenses que ainda mantem aplicações financeiras em cadernetas de poupança e manutenção de saldo no FGTS, rendendo muito abaixo da inflação como foi o caso de 2015, quando a inflação atingiu 10,67% a.a. Transferindo portanto, renda aos gigantes e extorsivos bancos nacionais, dado que estes recursos, são na verdade emprestados a estes intermediários financeiros, que também carregam riscos financeiros. Inconsequentemente!

A sugestão apontada pelo IOL, consiste em se criar uma empresa S/A detentora e gestora do patrimônio do empreendimento, dividindo-a em milhares de cotas subscritas, negociáveis no mercado secundário de balcão, liquido. Caso estes recursos, (Cadernetas de Poupança, FGTS, PGBL, VGBL, entre outros) fossem redirecionados a aquisição e conclusão deste importante empreendimento, o rendimento esperado com a valorização do bem e ainda com os “eternos” alugueis, supostamente comerciais, seriam bem mais vantajoso a todos.

– “Seria o champanhe da inauguração duma nova era do autodesenvolvimento e um marco do Movimento Municipalista em Ipiaú! E de quebra a democratização da propriedade, quando um trabalhador rural, por exemplo, poderia ser dono de um pedacinho do mais “novo” e importante prédio comercial de Ipiaú”, ressaltou o músico e radialista Celso Rommel.  Para finalizar, o arquiteto, urbanista, empresário e também ipiauense, Elson Andrade, arrematou: – “Embora o Estatuto da Cidade lei federal 10.257/01, tenha instrumentos legais disponíveis para a prefeitura dar um destino forçado ao prédio; ninguém deseja prejudicar os proprietários do empreendimento. Porém há de se tomar uma medida definitiva, pois este empreendimento tem puxado o ânimo de Ipiaú para baixo. O que se espera é que haja inteligência coletiva e bom senso! E a cidade deixe de ser escrava financeira das grandes instituições financeiras, que têm claramente retardado o desenvolvimento dos municípios brasileiros, através da cobrança deelevadíssimos spread bancário, num jogo onde só eles ganham, e muito, inclusive com o dinheiro (suor) do nosso próprio povo, refém.”

Da redação do Ipiaú Online, em parceria: Celso Rommel Elson Andrade.

Para os mais astutos, sugerimos assistirem aos vídeos abaixo, como complementação a leitura.

https://www.youtube.com/watch?v=ez_CQ4svl_k

https://www.youtube.com/watch?v=pKnRxODhuac


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