Os integrantes da quadrilha de roubos a bancos mortos em Varginha (MG) neste domingo (31) poderiam fugir em uma carreta com fundo falso apreendida pela Polícia Rodoviária Federal. A suspeita é da PRF, que localizou o veículo em Muzambinho (MG). Os homens possuíam armamento de guerra e têm relação com crimes do mesmo tipo em outros estados.
“É um fator novo em relação à ação desses criminosos. É uma carreta, com compartimento secreto embaixo da carroceria, preparado para transportar diversas pessoas. Pode ajudar a polícia Judiciária nas investigações, porque uma das grandes dúvidas que aconteciam após as ações dessas quadrilhas era onde essas pessoas iam, ou onde saiam dos locais dos crimes, visto que muitas vezes eles incendiavam os veículos incendiados utilizados”, destacou Aristides Júnior, chefe da comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais.
De acordo com Júnior, que também é inspetor da PRF, a carreta foi localizada simultaneamente à ação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal em Varginha. Em entrevista coletiva, o Bope confirmou a morte de 25 integrantes da quadrilha de assalto a bancos. Mas conforme informações obtidas pela EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, 26 corpos foram para o IML. No entanto, até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não havia confirmado a 26ª vítima.
“Já havíamos feito um reforço bem intenso na região do Sul de Minas. Durante as rondas das equipes especializadas, foi detectada a presença dessa carreta em um local que não seria comum. Ao tentar fazer a abordagem foram descobertos pequenos fatores que levaram a realmente descobrir essa carreta”, falou.
A apreensão do veículo, conforme o inspetor, pode ajudar para futuras abordagens policiais devido ao compartimento secreto de difícil acesso na carreta.
“Com esse tipo de situação identificada na carreta, a gente consegue descobrir que um veículo pode transportar vários assaltantes sem despertar a curiosidade dos policiais, pois existe um compartimento por baixo da carroceria e sobre esse compartimento eles transportam uma carga normal. Se o policial não tiver a curiosidade de abrir a carroceria, no caso um basculante, que é uma carroceria difícil de se levantar e abrir, eles passariam desapercebidos”, disse.
Operação e confronto
A operação conjunta entre Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) resultou na morte de pelo menos 25 suspeitos de pertencerem a uma quadrilha roubos a bancos neste domingo (31) em Varginha (MG). De acordo com a PM, os suspeitos seriam especialistas neste tipo de crime.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os confrontos com os homens ocorreram em dois sítios diferentes localizados em duas saídas da cidade. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 criminosos morreram no local. Em uma segunda chácara, conforme a PRF, foi encontrada outra parte da quadrilha e neste local, após intensa troca de tiros, sete suspeitos morreram.
Ao todo foram apreendidas 26 armas, dois adaptadores, 5.059 munições, 116 carregadores, capacetes à prova de balas, explosivos diversos, 12 coletes balísticos, sete rádios comunicadores, 12 galões de gasolina de 18 litros cada e quatro galões de diesel de 100 litros cada. Entre as armas, havia um ponto 50, além de fuzis e granadas. Pelo menos 12 veículos roubados que estavam com a quadrilha foram recuperados.
A Polícia Militar de Varginha revelou que os suspeitos haviam alugado um sítio na região do bairro rural da Flora para ficarem perto do Batalhão da PM e assim realizarem a ação.
A polícia chegou a confirmar que 26 homens teriam sido mortos no confronto, mas depois voltou atrás e afirmou que o número oficial é de 25 mortos. No entanto, conforme informações obtidas pela EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, 26 corpos foram para o IML. Todos os envolvidos tinham idades entre 25 e 40 anos.
G1
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