Após o aumento do número de colisões de aviões com aves, especialmente urubus, no aeroporto de Ilhéus, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Prefeitura do município do sul da Bahia que adote medidas urgentes para evitar acidentes aéreos. Foi dado um prazo de 20 dias para a Prefeitura responder ao MPF.
Segundo o órgão, o problema tem se agravado pelo descarte inadequado de resíduos sólidos no entorno do aeroporto, o que atrai as aves para a zona de segurança do terminal e coloca em risco as operações aéreas.
De acordo com dados da Concessionária que administra o aeroporto, no ano de 2019, foram registrados menos de dez casos de avistamento de aves ao redor do terminal de Ilhéus, enquanto em 2023, o número passou de 70 ocorrências. O impacto da batida dos urubus com as aeronaves gera um impacto equivalente a sete toneladas de força.
A Concessionária já tinha notificado à Prefeitura anteriormente, mas, segundo o MPF, não houve melhorias significativas na gestão dos resíduos sólidos. O órgão pediu ao município que elabore um cronograma para a substituição das lixeiras atuais por contêineres fechados e um levantamento dos pontos de descarte irregular de lixo.
O MPF pediu ainda a disponibilização de lixeiras herméticas na Feira do Malhado para o depósito de restos de alimentos e a criação de uma equipe dedicada exclusivamente à fiscalização do descarte irregular de lixo. O município terá ainda que promover ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre o descarte adequado e incentivar a coleta seletiva.
“O aumento significativo dos incidentes envolvendo aves nas proximidades do Aeroporto de Ilhéus é extremamente preocupante e demanda ações imediatas. A segurança dos voos deve ser uma prioridade e o descarte inadequado de lixo é um dos principais fatores que contribuem para esses riscos.
A recomendação visa não apenas corrigir essas falhas, mas também sensibilizar a população para a importância de práticas adequadas de descarte de resíduos, fundamentais para a segurança de todos”, concluiu o procurador da República Bruno Olivo de Sales.
Bnews
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