Gugu Liberato morreu aos 60 anos nesta sexta-feira (22) em Orlando, nos Estados Unidos. O apresentador estava internado desde quarta-feira (20), quando sofreu uma queda em casa e bateu a cabeça.
Antônio Augusto Moraes Liberato nasceu em São Paulo, em 10 de abril de 1959. Filho caçula de portugueses, Gugu tinha dois irmãos, Amandio Liberato e a numeróloga Aparecida Liberato. O apresentador tinha três filhos com a médica Rose Miriam di Matteo: João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Marina e Sofia, de 15 anos.
Gugu foi um dos principais apresentadores da TV brasileira. Entre 1981 e 2003, foi destaque no SBT no comando de programas de auditório. Em 1982, passou a apresentar seu primeiro grande sucesso, o programa “Viva a noite”, atração que alavancou a carreira do apresentador e era destaque por trazer números musicais de artistas em alta.
Na emissora, ele também comandou outros programas e quadros de auditório com gincanas, famosos e atrações musicais, como “Sabadão sertanejo” e “Corrida maluca”, além do game show “Passa ou repassa”.
Em 1993 estreou outro grande sucesso, “Domingo legal”, programa que comandou por 16 anos.
Nele, o apresentador esteve à frente de quadros como “Táxi do Gugu”, “Banheira do Gugu” e “Gugu na minha casa”, além de apresentar números musicais e comandar brincadeiras de palcos com artistas. Na atração, Gugu também eternizou a música “Pintinho amarelinho”, cantando e dançando repetidas vezes no palco da atração.
Gugu deixou o programa e o SBT em 2009, quando assinou contrato com a TV Record. Na nova emissora, foi apresentador de programas que levavam seu nome, antes de passar a comandar reality shows como “Power Couple Brasil” e “Canta Comigo”.
Desde 2013, os programas comandados por ele eram produzidos e gerados direto dos estúdios da sua produtora, a GGP Produções, criada em 2000.
Outros projetos
Gugu ganhou projeção nacional por apresentar programas no SBT e na Record. Mas sua história vai além do comando das atrações televisivas. Ele também foi empresário, cantor e ator.
Na adolescência, Gugu trabalhou como office-boy. Nos intervalos, escrevia cartas para seu ídolo Silvio Santos. Aos 14 anos, foi convidado para integrar a produção do apresentador. Inicialmente, Gugu foi contratado para o programa de Silvio, então na TV Tupi, como assistente de produção.
Ele continuou a carreira como produtor por um período, mas não gostou da função e começou a estudar odontologia. Chegou a fazer dois anos do curso, mas acabou voltando definitivamente para a televisão. Ele também estudou jornalismo.
Ao longo da carreira, Gugu Liberato teve vários brinquedos atrelados a seu nome e, até, um parque aquático, que encerrou as atividades em 2002. No mesmo ano, o apresentador lançou o álbum “Gugu para crianças” com músicas infantis. Ele também virou personagem em quadrinhos no Almanaque do Gugu, distribuído entre as décadas de 1980 e 1990.
Gugu também atuou no cinema ao lado de Xuxa, Angélica, Os Trapalhões e outros. Em alguns filmes como “O Noviço Rebelde”, “O Casamento dos Trapalhões” e “Os Fantasmas Trapalhões”, interpretou ele mesmo em cena. Em outros, como “Xuxa e os Duendes” e “Padre Pedro e a Revolta das Crianças”, deu vida a personagens como o Duende da Inveja e o Padre Sebastião.
Leia nota divulgada pela assessoria de Gugu Liberato:
“NOTA DE FALECIMENTO
Este é um momento que jamais imaginamos viver. Com profunda tristeza, familiares comunicam o falecimento do pai, irmão, filho, amigo, empresário, jornalista e apresentador Antônio Augusto Moraes Liberato (Gugu Liberato), aos 60 anos, em Orlando, Florida, Estados Unidos.
Nosso Gugu sempre viveu de maneira simples e alegre, cercado por seus familiares e extremamente dedicado aos filhos. E assim foi até o final da vida, ocorrida após um acidente caseiro.
Ele sofreu uma queda acidental de uma altura de cerca de quatro metros quando fazia um reparo no ar condicionado instalado no sótão. Foi prontamente socorrido pela equipe de resgate e admitido no Orlando Health Medical Center, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva, acompanhado pela equipe médica local.
Na admissão deu entrada em escala de Glasgow de 3 e os exames iniciais constataram sangramento intracraniano. Em virtude da gravidade neurológica, não foi indicado qualquer procedimento cirúrgico. Durante o período de observação foi constatada a ausência de atividade cerebral. A morte encefálica foi confirmada pelo Prof. Dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, que após ver as imagens dos exames em detalhes, confirmou a irreversibilidade do quadro clínico diante de sua mãe Maria do Céu, dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, e da mãe de seus filhos, Rose Miriam Di Matteo.
G1
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