Governo Federal quer ação conjunta para combater armas pesadas

Foto: Alberto Maraux/ Ascom SSP-BA

O Governo Federal pretende criar uma política conjunta entre as Forças Armadas e Polícia Federal para combater a presença de fuzis e outras armas pesadas no Brasil. A informação foi dada pelo ministro da Casal Civil, Rui Costa, e divulgada no da jornalista Andréia Sadi.

A declaração foi feita em meio à onda de violência na Bahia. Em agosto deste ano, o Governo Federal chegou a firmar um acordo com o estadual em combate ao crime organizado.

Na Bahia, segundo balanço da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-BA), apenas em setembro de 2023 foram apreendidos 48 fuzis. O número é o dobro do registrado em todo o ano de 2022.

Além disso, até 23 de setembro, ao menos 46 pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança, incluindo o agente federal Lucas Caribé, morto durante um confronto entre policiais e um grupo criminoso, em operação no bairro de Valéria.

“Eu conversei com [Flávio] Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e queremos uma política conjunta da PF e das Forças Armadas para conter fuzis no Brasil e de armas pesadas também. É preciso padronizar os números de crimes para comparação, é isso que defendo, mas claro que os números são uma tragédia em todo Brasil. E piorou muito no governo Bolsonaro, quando teve o liberou geral de armas pesadas, como fuzis”.

Dino descarta intervenção
Apesar da onda de violência na Bahia, o ministro da Segurança Pública, Flavio Dino, afirmou que quadro da violência no estado é “muito desafiado”, mas descarta uma intervenção federal.

“Não se cogita por uma razão: o governo do estado está agindo. A intervenção federal só é possível quando de modo claro, inequívoco, o aparato estadual não está fazendo nada”, disse Dino, que é cotado para deixar o MJ e assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

‘Facções têm poder bélico importado’
O secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, declarou em entrevista exclusiva para TV Bahia na sexta-feira (22), que os grupos criminosos que atuam no estado têm poder bélico importado nacionalmente.

“As facções do estado da Bahia, com um sistema importado de outros estados da federação, têm demonstrado um poder bélico e isso se reflete no grande número que nós tivemos de armamento apreendidos esse ano”, explicou.

“Precisamos trabalhar com inteligência, integrado, porque as facções criminosas são responsáveis pela grande maioria da violência que a gente vive”, afirmou Marcelo Werner.

Segundo balanço apresentado por Marcelo Werner, somente em 2023 foram apreendidos mais de 4 mil armas de fogo. Uma média de 15 armas por dia. Além disso, em dois anos, 200 viaturas foram alvejadas e 136 policiais feridos durante patrulhamento da polícia ou em ações de operação.

Ibahia


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