A Polícia Civil (PC) deflagrou na manhã desta terça-feira (23), a segunda fase da Operação Falso Consórcio, que investiga golpes que envolviam a negociação de móveis e imóveis através da internet. São 24 mandados de busca e apreensão, sete pedidos de prisão preventiva, além de 16 bloqueios de bens de pessoas físicas e três de pessoas físicas nos estados de São Paulo, Tocantins e Rio de Janeiro. Os líderes da quadrilha são baianos e já haviam dado prejuízo de quase R$ 1 milhão a mais de 200 vítimas.
De acordo com o delegado Glauber Uchiyama, diretor do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), as informações obtidas pela polícia indicam que o grupo criminoso já vinha atuando no golpe desde 2019. Deflagrada a primeira Operação Falso Consórcio, em 18 de agosto de 2022, os suspeitos baianos, residentes de Salvador acabaram fugindo para São Paulo e Tocantins.
“Os sete investigados são de Salvador. Após começarem a praticar esse tipo de delito duas mulheres foram para São Paulo, um casal foi para Tocantins e o restante ficou aqui em Salvador, mas são todos baianos que estão residindo fora. Esse grupo fugiu após a primeira fase da operação e continuaram aplicando os golpes em outros estados”, disse o delegado Glauber Uchiyama.
Nesta terça-feira (23) estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em São Paulo; quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro; dois mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva no Tocantins; e dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em Salvador. A operação da PC foi realizada em casas e condomínios de luxo, onde os criminosos residiam, em São Paulo.
Como agiam
Os golpistas agiam através de sites de vendas, além de plataformas de redes sociais, anunciando móveis e imóveis com preços abaixo do mercado desde 2019. Durante o contato com as vítimas, os criminosos solicitavam uma entrada em dinheiro, prometendo que o bem adquirido seria entregue em até 48 horas, o que não acontecia.
Ainda segundo o diretor da DCCP, o grupo criminoso utilizava um haras – estabelecimento onde se cria e reproduz cavalos – no estado do Tocantins para fazer a lavagem do dinheiro obtido através do ato criminoso. A maioria dos investigados pelos golpes também têm passagens pelo crime de estelionato.
Veja imagens das casas de luxo dos golpistas:
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