Em primeiro lugar, destacar que quando tratamos aqui de Revolução Radical, entenda: Tudo dentro da lei, da ordem e da paz. Apenas, fazendo uso de inteligência coletiva auto colaborativa, em reação à retomada do nosso próprio desenvolvimento socioeconômico territorial local.
Muito temos tratado sobre o Sistema de Servidão Financeira constatada em qualquer cidade brasileira. Esquema instituído desde a lei 4.595/64 que criou o Banco Central do Brasil. Proteção estatal consorciada, que aliás, legaliza a concentração financeira de cerca de 85% dos recursos dos brasileiros, nas mãos de apenas 5 bancos, de porte e atuação nacional.
Disparidade de cunho financista parasitária, fascista, que tem levado nossa economia ao nível de concentração da riqueza gerada e do consequente estado de estagnação atual. Pode-se gritar até se esgoelar, chover canivetes, ação de protesto patriótico sem sucesso… entra por um ouvido e nem sai por outro, dado que o som não se propaga no vácuo (pérolas jogadas aos porcos – gordos e “surdos”).
A verdade é que as pessoas comuns vem sendo anestesiadas, digital e remotamente, na sua cognição coletiva. Portanto, não têm necessariamente culpa voluntária subjetiva; além daquilo que afeta o comodismo ou covardia mesmo.
Como já dizia os Titãs ainda lá na década de 80: – A televisão me deixou burro, muito burro demais (…) E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais! Agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais.
Há tempos vimos alertando que a situação da Região Cacaueira, não é igual a média nacional. Não podemos continuar esperando que ações salvadoras de governos acima, venham nos atingir com programas genéricos, gratuitos, milagreiros e ainda “salvadores”. Como diria o versado radialista Celso Rommel (Nova FM Ipiaú-BA): Frango que segue pato, morre afogado!
Para que todos entendam de forma clara e objetiva, observe abaixo o quadro financeiro, do nosso caso concreto, insolente, descaradamente favorável aos bancos, que numa ação “legal”, porém imoral, tem nos tirado a oportunidade do auto desenvolvimento pelo Sequestro da Nossa Poupança Monetária, obstaculizando assim, o acesso justo ao crédito, a toda nossa região.
Veja como funciona o ESQUEMA de exploração financeira:
O quadro abaixo, é sem dúvida uma das informações financeiras, das mais importantes, que você já teve acesso nos últimos tempos, sem dúvida. Portanto, peço sua paciência e acurácia na análise e interpretação dos dado abaixo, extraídos de relatórios proveniente do Banco Central do Brasil.
Perceba quanto as nossas cidades, da microrregião de Ipiaú, entregam nas mãos dos bancos, e, quanto eles nos emprestam de volta! Lembrar que a remuneração na captação está por volta de 3,61% ao ano, líquido. E os juros cobrados nos empréstimos, por exemplo, no crédito pré-aprovado automático, ainda está por volta de 13,43% ao mês, o equivalente a 454,63% ao ano. Isso não dá nem para classificar como assalto, pois neste tipo de roubo, o ladrão lhe toma no máximo 100% do que você tem. Isso é servidão crônica programada, institucionalizada, velada, descarada, Ação Consorciada entre governos e lobos…
Perceba no quadro acima, que nossa região empresta aos bancos mais de R$ 239 milhões, para por fim, sermos esfolados por este mesmo dinheiro e bancos; recebendo de volta, míseros empréstimos da ordem de R$ 156 milhões. Portanto, além deles não colocarem o dinheiro deles, (como muitos pesavam que fosse) ainda há saldo sendo desviado para fora da nosso território, muitas vezes, para receber juros suspeitos em contas de depósitos compromissados, junto ao Banco Central. Transação ilegal, as custas do Tesouro Nacional. Ou seja, nosso; pagando duas vezes pelo mesmo desserviços! E ainda ficarmos condenados a estagnação. Todo castigo para burro covarde e inerte, é pouco! Nem todos.
Há muito de servidão, estagnação, falta de patriotismo, imperícia, egoísmo, injustiça e insustentabilidade econômico-financeira, pois, quem é que vai conseguir montar algum negócio, na nossa região, em que a Taxa de Lucro seja superior a Taxa de Juros Comerciais cobrada por eles?
São 4% contra 400% a.a. Spread or Slave Bank?
Perceba, que ter todo dia uma novela imbecil, infindável rodando na Grande Mídia e Redes Sociais, isso faz parte do jogo de esconderijo (“gato” de rato) numa dissimulação programática objetiva! Nunca saímos de uma crise, que já não tenha outra começando. Você já reparou?
Quanto maior o roubo, maior o escândalo e dramatização novelística anestésica. A fórmula é a mesma há décadas: – nos colocar uns, contra os outros, a própria sorte, custas e sucumbências. Dá para acreditar em tamanha ingenuidade cognitiva? Você posta uma grave denúncia, de uma caso concreto mensurado, com provas anexas, que vem sucumbindo nosso desenvolvimento, e o imbecil do outro lado, falso doutor da verdade, ligeirinho responde com uma imagem da deputada Maria do Rosário enfiando o dedo na cara do eterno deputado revoltado de 3º escalão Bolsonaro… ai você pergunta, o que nós em Ipiaú temos haver objetivamente com isso? O que um bosta desse pensa está equacionando em prol de nós aqui do lado de baixo do equador? O pior, é quando se acendem os holofotes, o sujeito ainda vem em público dar uma de republicano!
Ainda destacar, que com apenas R$ 10 milhões de fato, em caixa, os bancos presentes nas 6 cidades listados na tabela acima, tocam nossa economia. Mixaria, para quem já acumulou um patrimônio de mais de R$ 1,039 bilhões a nossas custas.
O sistema, sequestra nosso dinheiro, empresta para governos gastões, via BC, ou empresta para Rede de Varejo, Cartão de Crédito, entre outros forasteiros, que, para acabar de completar, virão aqui, nos sufocar comercial e financeiramente. O pior, as nossas próprias custas! Tirando dos pequenos daqui, para emprestar e favorecer aos grandões de acolá.
Abaixo, esquema de como os agentes financeiros se apropriam do nosso patrimônio, quando contraímos empréstimos de longo prazo. Importante lembrar, que o dinheiro usado nestas operações de crédito, não é propriamente dos bancos; mas sim, da nossa própria sociedade. Eles apenas intermedeiam os créditos dos agentes superavitários, para aos deficitários, fazendo uso dos recursos oriundos de nós mesmos, fazendo a função de Praça de Pedágio (caríssima e injusta, porém legalizada pelo governo federal).
Uma das funções traiçoeiras do governo federal, via Banco Central, é justamente esta: a operação consorciada com os bancos. Restando aos municípios a incumbência dos verdadeiros problemas e obrigações locais… de trocar lâmpada queimada de poste e tampar buraco das ruas (ainda assim, quando conseguem).
Abaixo mais um esquema de como os agentes financeiros acabam se apropriando dos nossos recursos ao financiarem governos (sistema da dívida) e grandes conglomerados econômicos predominantemente do sudeste ou estrangeiros. Importante lembrar, que o dinheiro é usado na viabilidade de negócios de porte nacional, que acabam vindo aqui dizimar nossa frágil economia: indivíduos, empresários e agentes econômicos locais em geral.
Você já prestou atenção qual a origem dos investidores recém chegados a nossa região? E aí, eu lhe pergunto, quantos empresários locais, recentemente, já abriram mão dos seus negócios, por não conseguirem mais concorrer com estes grupos forasteiros de grande porte? (vide o caso em marcha das farmácias e lojas de varejo – no final, nem o lucro fica aqui – sequer pagam ISS).
A opção por preterir os tradicionais comerciantes locais, em favor de outros, noviços forasteiros de redes; a postura natural do nosso inocente povo, é reagir preferencialmente no atendimento dos seus próprios e imediatos interesses e “vantagens” aparentes. Pois pensam, que desta forma, estão sendo favorecidos, com preços um pouco mais baixos e prazos mais longos. Ledo engano!
No plano individual, isso pode até ser verdade. Porém no agregado, estamos nos entregando de mãos atadas, de costas e sorridente estrelato. O dinheiro é uma forma fácil e invisível, ludibriante de enganar aos tolos individualistas inconsequentes.
Precisamos resgatar a percepção do movimento das coisas materiais e valores (mercadorias, recursos minerais, naturais e serviços), sem a preponderância da lógica conclusiva, apenas numeral do “capital contábil” estonteante dirigido (“lei” esdruxula preconcebida e exógena).
Se você não achar facilmente, de forma tácita, uma explicação convincente, para a razão e motivo das bandeiras e exigências ideológicas… é porque não deve mesmo ter razão ou sentido justo sustentado e a serviço de todos.
O fato do dinheiro ser FUNGÍVEL, isso possibilita muitas enganações e mágicas dos malandros sobre os ingênuos, honestos, distraídos com a labuta do dia a dia.
Qual o Modelo Pretendido então? (esboço de reação)
Urge migrarmos em massa, COORDENADAMENTE, para um Banco Cooperativo de verdade, popular, com Captação e Aplicação de recursos eminentemente nosso e a serviço do nosso próprio desenvolvimento territorial local. (Com CNPJ e contabilidade próprios, além de serviço de rede digital franquiado e conectado ao BC). Isto para operações financeiras clássicas.
Porém, para as faixas de baixa renda e em especial, para a concessão do crédito para a Agricultura Familiar, uma opção inteligente, é a emissão de Moedas Sociais Digitais (moeda de propriedade das associações sociais) colocando-as em circulação, geridas por agentes experts profissionais, capazes de operarem o redesconto na reconversão em Real (preferencialmente, somente para aquisições externas indispensáveis). A nossa Moeda deve ter paridade com o Real, e o Cooperbanco Social, por exemplo, poderia cobrar dos comerciantes uma pequena taxa no redesconto, em remuneração pelo serviço prestado.
A título de exemplo, as nossas Prefeituras, poderiam distribuir crédito em Moedas Sociais, em substituição as atuais cestas básicas (pois, tudo vem de fora). Situação reativa, quando os produtos são adquiridos, com Moedas Sociais, são preferencialmente de produção local, adquiridos diretamente pelos beneficiários dos programas sociais.
Os próprios comerciantes poderiam, adicionalmente, oferecerem descontos a seus clientes, na Moeda local. Tudo em razão do Benefício Maior (viabilizar a nossa industrialização). Pura inteligência e consciência coletiva.
As Prefeituras, poderiam ainda receberem tributos em Moedas Sociais. A fim de dar liquidez ao sistema “monetário” local.
Em resumo, devemos objetivar termos uma economia local, libertária, predominantemente exportadora, com alto índice de produtividade, produção e distribuição de renda, via meritocracia, isonomia e equidade de verdade.
Quais as ameaças econômicas a serem enfrentados objetivamente?
Há vários problemas que vem ameaçando a economia da nossa microrregião. Abaixo uma lista preliminar:
1) A Reforma da Previdência vai sim, reduzir o volume de renda na região dado as novas regras e dificuldade de acesso a novos benefícios. (a previsão é que 86% de quem ganha até 2 salários mínimos, serão afetados). Isso significa redução da renda local e consequentemente do consumo, numa camada social que normalmente gasta tudo que o ganha em consumo imediato. Sem renda, o comércio e serviço, declinaram juntos. Hoje em Ipiaú, pasmem, temos 10,5 mil aposentados, e só temos 3,5 mil empregados urbano e cerca de 220 rurais de carteira assinada, segundo registros do Caged;
2) A Reforma Tributária vai sim, reduzir o volume da receita pública municipal, dado a característica da região praticar sonegação. Uma vez que no novo regramento, o tributo será atribuído sua receita à região onde houver o Fato Gerador oficial. Em outras palavras, São Paulo vende para Salvador, Salvador revende para Vitória da Conquista, e quando for revender a nossa região, se permanecer a promiscuidade da sonegação e não houver o devido faturamento oficial para nós, os recursos tributários associados acumulados (IVA), acabarão por serem atribuídos a Vitória da Conquista. Que neste caso, embora nós tenhamos arcado com toda a carga tributária acumulada embutida nos preços, os impostos não virão, por fim, para nossas prefeituras;
3) As Redes Varejistas presenciais e/ou transversais, de porte nacional ou regional, “vão nos engolir”. Dado as “suas” vantagens no poder de compra, venda financiada a longo prazo e acesso ao crédito empresarial a custo menor. Marcas de alta exibição midiática e desejo popular. Sistema de gestão central profissional altamente sofisticados, rede de assistência técnica e pós venda, entre outras prerrogativas;
4) Redes virtuais de e-commerce, não presenciais, de porte nacional ou regional, “vão nos dizimar”. Dado ao “seu” poder de compra, menor custo logístico, venda financiada a longo prazo e acesso ao crédito empresarial a custo menor. Marcas de alta exibição midiática e desejo popular. Sistema de gestão central profissional altamente sofisticados, dotadas de inteligência artificial, captura e processamento de informações de MEGA DADOS, rede de assistência técnica e pós venda, entre outras prerrogativas. Nesta modalidade, nem empregos locais são necessários, além dos impostos serem atribuídos e/ou disputados por outras praças;
5) Eminência liquidação generalizada dos cacauicultores, perderem repentinamente “suas propriedades” para os bancos credores, por insolvência, dado ao volume e custo das dívidas bancárias, insustentavelmente crescentes. Em verdade, muitos que hoje ainda posam de fazendeiros… foram rebaixados pelos bancos, a meros Flanelinhas (guardadores de fazenda hipotecária alheia – que não convém momentaneamente realizar o prejuízo contábil). Pois, se reservássemos 5% da receita bruta do cacau, para pagarmos as dívidas de R$ 42.083.144,00 ainda assim, seriam necessários mais de 80 anos para liquidá-las;
6) Risco dos cacauicultores, caírem na tentação do comodismo e voltarem a venderem a produção aos tradicionais oligopsônios estrangeiros, ao invés da industrialização do chocolate, localmente. Uma das ideias, seria as prefeituras absorverem, momentânea e honestamente, esta produção na merenda escolar, até que criem musculatura para se aventurarem fora de casa;
7) A tendência de Perda de Participação Relativa do nosso Cacau no mercado internacional desta commoditie, com sérias consequências no preço local, por influência dos volumes logísticos, implicando em maiores custos de produção e menores preço na venda;
8) Falta de recursos suportáveis economicamente, (baixo custo) demandados para novos negócios das nascentes Fábricas de Chocolates locais. Dado que raros são os investidores locais, profissionais, com know hall empresarial industrial, capaz de modelar negócio predominantemente alavancado;
9) Os Bancos continuarem por muito tempo ainda, a sequestrarem e extraditarem nossas poupanças e dificultarem o nosso acesso ao crédito, com a prática de taxa de juros muuuuito superior à taxa de lucro, suportável pela economia da região. Inanição silenciosa;
10) Não conseguirmos nos industrializar a tempo, perdermos o bonde e ficarmos defasados em tecnologia e perda de participação no mercado nacional;
Onde podemos Chegar?
Acabar com a cultura de pôr a culpa de tudo nos governos e ficar sentado esperando que um milagre despenque do céu, vindo destes próprios governos. Sentados sobre a merda amassando-a inutilmente.
Minha avó contava um caso dum pseudo e improvidente homem, que criticava tudo. Um dia, diante da suspeita de algo errado, ele logo notou em crítica. – Tem cheiro de bosta aqui. Tem coloração de bosta. Macio com a bosta. Tem gosto de bosta… Éeeee bosta!
É obvio, que ao esboçarmos reação programática e inteligente, haverá reação interna e externa, dado as insanas disputas políticas, econômicas, perdas comerciais e financeiras, posta em jogo. Porém, se queremos mesmo enfrentar os desafios desta nova era (desafios do século XXI), não nos restará outra saída, senão seguirmos firmes e unidos, objetivados, com métricas e propósitos bem definidos, coletivamente.
Quem deve promover as mudanças?
Não devemos continuar apostando em ações e reações vindas essencialmente de governos. Lembrar que governos são ineficientes e não produzem “nada”, logo, para dar a um, precisa tirar de muuuitos.
Devemos empreender uma nova cultura revolucionaria: medida, estudada, diagnosticada, conciliada, negociada e propositiva de cunho eminentemente coletivista associado. As associações e cooperativismo, são armas, as quais estamos enferrujados… porém, precisamos muito, resgatá-las neste momento. Degustando, estrategicamente, momentaneamente, com sapos e tudo. Sejamos criativos nas receitas… que o pirão desce e gera sustança!
Registro dos que pensam em contrário:
Por se tratar de uma coluna popular do debate sincero, em construção do nosso futuro… é que abrimos oportunamente este espaço para registrar as visões em contrário ao que está exposto acima:
Do Fundamento:
Há quem defenda, que na verdade o nosso povo, tem gravado no inconsciente, que não adianta remar contra a maré. E que mais vale, observar em admiração o célebre sufista estrangeiro, do que reconhecer e pagar o justo preço, pelo esforço daquele que tendo tomado dinheiro emprestado da aposentadoria da avó, agora providencialmente, nos oferta sanduíche na praia, descalço na areia quente e sol escaldante. E a Anvisa? Questionarão os pentelhosouros de plantão.
Afinal, riqueza é sempre relativa. Logo, quando se percebe que um entre os IGUAIS, está indo a frente… é hora de sabotá-lo, nem que seja, com argumentos infundados. Caluniosos desgastantes.
E que na verdade, o DINHEIRO, o GOVERNO, os BANCOS e as COMPANHIAS ESTRANGEIRAS, são na verdade, quem tem real capacidade de nos fazer sair da rede, mesmo que seja, para enfim, sermos mordidos de cobra, e voltar para casa, por conta, para empatar a vida da mãe e/ou da “empregada”.
Do Custo de Oportunidade:
Custo de oportunidade é um conceito utilizado na economia para definir o preço das opções dos “caminhos não seguidos”. Ou seja, há um custo embutido, a ser pago, intrínseco a toda oportunidade ignorada. No caso prático, o fato de optarmos por realizar uma grande Festa de São João, ao invés de custear a sofrida Fundação Hospitalar de Ipiaú, tem sim, graves consequências… como por exemplo, aquele grupo político ao qual tem feito uma razoável gestão à cidade “x”, perder as próximas eleições. Entre o combustível inicial até o lixo final… há que se medir as energias, o pessoal e os recursos empregados e o produto de fato auferido, e, fundamentalmente, quem foi o beneficiário.
Todo mundo já sabia, há décadas, que existia minério atrás da serra de Juvêncio. Porém, se não viesse uma companhia estrangeira; aqui sempre estaríamos armados, uns contra os outros, prontos para uma reação, ao primeiro que cruzasse a linha ideológica imaginária, e marchasse naquela direção. No entanto, o exótico, mesmo pagando migalhas em royalties e tributos na exportação, leva o “nosso” produto, in natura, para processamento e geração de valor noutro território distante. Modelo mental colonialista, aceito pacificamente por todos. Inquestionavelmente. Tá escrito, vão dizer: Fazer o quê?
Por outro lado, um pobre que lutou durante anos, e sofridamente acumulou recursos em abdicação a nível subsistencial, e, estava preste a comprar uma casinha; com o advento da mineração, assistiu o sonho sair voando entre as desavisadas mãos. Com a chegada dos engenheiros da cortejada mineradora, o preço das casas e tudo mais, subiram muito além das suas possibilidades e salário fixo.
Também é verdade que haverá alguns poucos, mais espertos e ágeis que vão lucrar… (vide a sanha dos políticos). Doutro lado, este “ganho”, foi despejado sobre uma massa de assalariados indefessos. Se somado tudo, contra e a favor, a região vai acabar perdendo sua estratégica reserva mineral, ganhando de um lado e perdendo de outro. Ou seja, quando se balança o caminhão apertado, mais os gordos, folgados, bufões e pesados se aconchegam.
Neste ponto a que se questionar:
Qual o preço da contrapartida capaz de cobrir os danos visíveis e “invisíveis”, causados pela exógena mineradora?
Não seria razoável, ao fim e ao cabo, nos deixarem implantado e funcionando uma outra forma operacional, capaz de continuarmos em desenvolvimento?
Como por exemplo, legar o desvio das BR-330 e BA-650, um Distrito Industrial e um Centro Tecnológico e Faculdade de Tecnologia e Empreendedorismo?
Enfim… por último aclarar que não se trata de fobia e preconceito aos forasteiros sabidos e sacanas empreendedores exógenos. Afinal, o direito de defesa dos seus próprios interesses e métodos praticados, estão na lei. Não estão?
E ainda, registrar a evolução da lição aprendida, lembrando mais uma vez, da sabedoria que vem de lá da “roça”, que diz: Frango que segue pato, morre afogado, servindo ainda, de motivo de gargalhadas aos inertes irmãos espectadores, no poleiro(ut) colonial nosso de cada dia!
Para os mais astutos, sugiro assistirem aos vídeos abaixo, como reflexão complementar a leitura.
Signatário Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando do Instituto de Economia da Unicamp.
https://youtu.be/T_Yt105FjTI
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