Economia Política: A Era Feminina do Capitalismo! E agora José?

Em primeiro, lembrar que Feminidade não quer dizer necessariamente privilégio e/ou favoritismo da Mulher (gênero). Ou, que basta colocar qualquer uma mulher à frente de qualquer administração e desafio, que o assunto estará resolvido. Foi numa dessas que o Partido dos Trabalhadores pagou caro por tal distinção e experiência. Lembrando que na Economia Política, o poder é exercido round a round, território a território, diuturnamente!

No vídeo abaixo, Eduardo Marinho que é um artista plástico, escritor, ativista social e filósofo, protagonista do documentário «Observar e Absorver» nos traz a distinção entre a Razão (masculina) e a Intuição (feminina) no jogo socioeconômico nosso de cada dia.

Segundo a crítica de Schopenhauer e Kant, dissecada por Vanessa Furtado Fontana, em sua tese de iniciação científica, afirma, que Schopenhauer teria negligenciado a importância da Lei da Ceausalidade para o conhecimento dos objetos. Ela afirma que para Schopenhauer o mundo exterior e objetivo é conhecido pela Sensibilidade, isto é, no tempo e no espaço presentes, (sensível a olho nu) e o Entendimento, é por fim quem age na intuição, através da lei da causalidade. Já para Kant, o Entendimento é puro Pensar. Deste modo a causalidade é um conhecimento abstrato e deve se relacionar a objetos do conhecimento preexistente (uma espécie de cultura reinante – fruto da Linguagem).

A pergunta que fica a ser respondida é: Como podemos intuir os objetos do mundo objetivo sem a participação da causalidade para uni-las no espaço e tempo? Seria este o papel preponderante a ser dominado pelo entendimento ou pela sensibilidade?

Segundo a Neurociência, o nosso sistema límbico é o responsável basicamente por controlar as emoções e as funções de aprendizado e da memória, localizado nas estruturas do cérebro, tem formato de um anel cortical de cor acinzentada, formado por neurônios e possui várias estruturas e cada uma delas tem suas funções. Em condições normais o cérebro se comunica com o corpo, através de minúsculos impulsos elétricos, numa velocidade média de propagação dos impulsos nervosos de cerca de 100 m/s (360km/h) que é um terço da velocidade do som. Na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais.

Logo, é a região cerebral constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico. Em resumo, intuímos bem antes de raciocinar. Porém a razão entra em campo de forma fulminante para redirecionar o entendimento via a Cultura e a Linguagem reinantes socialmente. (Numa cultura capitalista, entenda como percepção sintética e prática, os Valores Econômicos).

Em debate com os mais velhos, comparando o discernimento e percepção das gerações, tenho dito que não se trata de sabermos se na época deles as coisas eram mais fáceis ou mais difíceis do que hoje. Em verdade, as coisas hoje são bem mais acessíveis, porém, muito mais complexas. Daí, poder-se-ia deduzir que, daqui em diante, a Feminilidade terá toda a vantagem intuitiva na percepção ágil do que é certo e errado num tecido social cada vez mais acessível e complexo.

Mas será apenas no âmbito pessoal que se dará a vantagem da percepção ágil do que de fato é a verdade percebida? Ou intuída? E de que adianta sabermos da verdade, se o direito, o valor econômico, os costumes, a regra social estão ai há séculos de plantão, justamente para ordenar e conduzir o resultado, o extrato, a conveniência da Economia Política dominante, em favorecer aqueles que a controlam remotamente.

Num mundo que abunda em informação e inversamente se diminui a capacidade de tratamentos de tantos dados disponíveis. Diante de tamanha insensibilidade social, terá as fêmeas maior capacidade de lidar com a complexidade da realidade fática diante do determinismo socioeconômico segregacionista, reinante até aqui?

Para os mais astutos, sugiro assistirem ao vídeo abaixo, como reflexão complementar a leitura.

Signatário Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando do Instituto de Economia da Unicamp.

 


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