Duas amostras de peixe apresentam níveis altos de contaminação por óleo

Em mais uma análise de amostras de pescados de área atingida por vazamento de óleo, foi possível identificar amostras de peixes com valores de contaminação acima dos níveis de preocupação à saúde definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A verificação foi feita pela unidade avançada do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Santa Catarina, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com base em pescados coletados entre 6 e 8 de novembro.

As amostras preocupantes são o Albacora Azul, predador migratório de alto mar, e o Budião, que se alimenta de recifes de corais. Os valores de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA), os principais indicadores de contaminação por petróleo e seus derivados, foram de 9,51 e 7,95 microgramas de Benzo(a)pireno – Equivalente (BaPE)/kg, respectivamente. A Anvisa define o valor de referência para preocupação acima de 6 microgramas de Benzo(a)pireno – Equivalente (BaPE)/kg para peixes.

Outras 66 amostras de peixe, camarão e lagosta estão abaixo desse nível.Mesmo com o nível elevado nas duas amostras, o Ministério da Agricultura declarou, em nota oficial, que não existe risco para a saúde pública ou limitação ao consumo de pescados marinhos. “Considera-se, até o momento, que esses resultados não alteram a avaliação do risco do consumo de pescado das regiões oleadas. Essas são as primeiras análises encontradas acima dos níveis de preocupação e não há uma série histórica para se estabelecer um comparativo de contaminação de pescados antes e depois do derramamento de óleo. Entretanto, o Mapa irá direcionar nova estratégia de monitoramento do pescado por espécie ou habitat e região afetada”, informa a nota.


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