Em coletiva de imprensa no início da tarde desta segunda-feira (04), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um discurso duro contra as recentes falas do presidente Jair Bolsonaro, que continua defendendo a reabertura do comércio em todo o país.
Doria citou algumas personalidades brasileiras que estão a favor do isolamento social, como os ministros da Justiça, Sergio Moro, Economia, Paulo Guedes, e Saúde, Henrique Mandetta, além do vice-presidente Hamilton Mourão e do Centro de Estudos do Exército Brasileiro.
“Será que todos eles estão errados, será que a ciência está errada, a organização mundial da saúde está errada, será que ministros e secretários de saúde de 56 países do mundo estão todos errados? Será que um único presidente da República no mundo é o certo? É quem detém o poder, a capacidade, a ciência e o conhecimento para discordar do mundo?”, questionou o governador.
Doria também perguntou se os defensores do fim do isolamento vão enterrar os corpos das vítimas de Covid-19.
“Aqueles que incentivam a vida normal, pressiona o prefeito da capital, Bruno Covas, aqueles que me pressionam, para que possamos agir contra os nosso princípios e os princípios da medicina, a eles eu pergunto: vocês estão preparados para assinarem os atestados de óbito dos brasileiros? Carregar os caixões com as vítimas do coronavírus? Vocês que defendem a abertura, as aglomerações, que minimizam uma crise gravíssima em que estamos, vão enterrar as vítimas?”.
Doria também anunciou que estendeu a quarentena no estado até o dia 22 de abril. A determinação entra em vigor a partir desta quarta-feira (8).
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