Detento engole celular durante inspeção no presídio de Eunápolis e precisa ser operado

 

Conjunto Penal de Eunápolis Crédito: Divulgação Seap

Um detento do Conjunto Penal de Eunápolis precisou ser conduzido para uma unidade hospitalar do munícipio após engolir um celular durante uma inspeção de cela. A ação de revista aconteceu no último dia 14 de dezembro, dois dias após a fuga de 16 presos do local. Por conta dos fugitivos, a diretoria da prisão foi afastada e o local está sob intervenção administrativa. Um dos primeiros atos da intervenção foi realizar uma limpa nas celas, justamente quando o preso engoliu o aparelho.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) foi procurada para confirmar a informação, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. No entanto, uma fonte, que prefere não se identificar, confirmou o caso, explicando que o detento precisou passar por um procedimento no hospital após admitir que estava com o aparelho telefônico no corpo.

“Houve um procedimento de revista na cela, e o preso, provavelmente no desespero para não ser pego com o aparelho, engoliu antes dos policiais realizarem a inspeção. Não se sabe, porém, se esse aparelho é dele. Como se trata de um jovem, não dá para descartar que ele tenha sido obrigado por um ‘cabeça cara’ da cela. Quando acham celular assim, os presos passam pelo PAD, que é o procedimento administrativo, onde são adicionados mais dois anos à pena de prisão”, explica a fonte.

Apesar do detento ter engolido o aparelho no dia 14, só na sexta-feira (20) a ação foi descoberta, após o preso relatar fortes dores. “Quando ele passou no detector que funciona de forma parecida a de um raio-x, foi identificado um elemento estranho no corpo dele. Quando os policiais perguntaram, ele admitiu que era um celular pequeno. Depois disso, ele foi levado para a delegacia e, em seguida, para o hospital”, relata.

Nas prisões, é comum que detentos em posse de drogas engulam o material para se livrar de inspeções realizadas por policiais penais. O celular, no entanto, teria provocado uma reação no organismo do detento. Não há informações se o aparelho foi retirado, mas ele não corre risco de morte.

Correio24horas


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