Quarta mulher a ocupar o cargo de presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, é a segunda mulher a assumir a chefia do governo baiano, por 10 dias, durante a viagem que o governador Jerônimo Rodrigues fará neste sábado (11) à Europa. A primeira foi a desembargadora Silvia Zarif, em 2008. Para o deputado Hassan (PP), “a presença de uma mulher no comando do executivo baiano é um fato marcante e histórico, e representa forte incentivo para a participação feminina na política e na esfera de decisões”. E para registar esse acontecimento, o parlamentar protocolou na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) moção de congratulações à presidente do TJ-BA, governadora em exercício.
A presidente do poder judiciário assume o governo na ausência do governador porque o vice-governador, Geraldo Júnior declinou por ser pré-candidato a prefeito de Salvador. Na linha de sucessão, o próximo seria o presidente da Alba, deputado Adolfo Menezes, mas ele também não aceitou, porque sua esposa é pré-candidata a prefeita de Campo Formoso e caso Adolfo assumisse o executivo ela ficaria inelegível.
Hassan destaca que a representatividade política é um aspecto fundamental na vida de qualquer sociedade, “permitindo que grupos e comunidades tenham suas vozes ampliadas e suas demandas conhecidas e atendidas”. Para ele, ter mais mulheres na política é mais que uma questão de gênero. O deputado lembra que no Brasil a população feminina é maior que a masculina, “mas isso não se reflete nos parlamentos”. No Senado, das 81 cadeiras somente 15 são ocupadas por mulheres. Na Câmara Federal dos 513 parlamentares só 91 são mulheres, e na Alba são apenas 10 deputadas dentre os 63 parlamentares.
O deputado Hassan teceu elogios à desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, um dos principais nomes da magistratura baiana, tendo atuado em diversas áreas do Direito e ocupado cargos de liderança no TJ. A magistrada, nascida em Aracaju, Sergipe, em 29 de fevereiro de 1956, traz consigo uma bagagem de experiências e realizações. Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador, ela ingressou na magistratura em 1984.
Sua ascensão foi marcada por convocações para o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em diferentes períodos, destacando-se pelo comprometimento e competência em sua atuação. A desembargadora também exerceu o cargo de corregedora Regional Eleitoral do Estado da Bahia e foi diretora da Escola Judiciária Eleitoral da Bahia.
Josalto Alves
Foto – Euro Amâncio
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