Cinco trabalhadores baianos foram resgatados pela Inspeção do Trabalho em lavouras de café, na cidade de Alpinópolis, em Minas Gerais. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, eles trabalhavam sem carteira assinada ou qualquer vínculo formal e moravam em um espaço de aproximadamente 20 metros quadrados, próximo a um curral.
O resgate dos trabalhadores aconteceu na sexta-feira (14), mas foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego na noite de quarta (19). Os baianos receberam o pagamento das verbas rescisórias devidas, no total de R$ 43,5 mil pagos pelo empregador após mediação realizada pela auditoria fiscal do Trabalho.
Além das indenizações, todos os trabalhadores receberam também passagens de volta para as cidades de origem.
Condições degradantes
Segundo relatório da fiscalização, sem condições mínimas de asseio e higiene, o alojamento tinha dois cômodos. Em um deles havia camas e colchões, improvisados com restos de madeira, onde dividiam espaço com um fogão e botijão de gás.
Os objetos pessoais e mantimentos ficavam espalhados pelo chão, misturados ao lixo e à poeira.
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No segundo alojamento, além da falta de higiene e estrutura inadequada, foi encontrado muito lixo no entorno e dentro da casa. A água usada era proveniente de minas subterrâneas e sem qualquer processo de purificação e tratamento, sendo armazenada em condições precárias.
Somado a isso, os alojamentos apresentavam instalações elétricas desprotegidas.
Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, um dos trabalhadores resgatados sofreu um acidente de trabalho em maio e estava com duas infecções de pele, sem receber qualquer assistência por parte do empregador.
Diante das condições encontradas, o empregador foi notificado a adotar providências imediatas. A auditoria fiscal do Trabalho paralisou de imediato as atividades.
Os contratos de trabalho dos cinco trabalhadores foram rescindidos. Inicialmente eles foram retirados da fazenda e hospedados em um hotel na cidade de Alpinópolis, às custas do empregador.
Flagrantes de trabalho análogo ao de escravo podem ser denunciados anonimamente pelo Sistema Ipê, da Secretaria de Inspeção do Trabalho.
g1
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