No último dia 8 de janeiro, quem passava pelo Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, pode ter sido marcado por uma cena conflitante. Um homem empurrou uma mulher de uma moto, tirou seu capacete com força, quebrou o óculos que ela usava, jogou todos os seus pertences no chão e, após uma troca de xingamentos, foi embora.
A mulher, chamada Ana Luiza Brito, hoje pede ajuda nas redes sociais para custear as despesas das amigas e familiares que a acompanham no hospital onde está internada no Distrito Federal.
Em briga de marido e mulher não se mete a colher? No dia 8, Ana prosseguiu até o restaurante Molho Lambão, onde se abrigou. A rotina de brigas e momentos de agressão já havia se tornado comum em sua vida, desde que saiu de Brasília em direção a Salvador, para morar com o homem que conheceu na capital baiana.
No restaurante, Anaya, como gosta de ser chamada, pediu uma cerveja e ligou para a mãe pedindo ajuda. Em pouco tempo, o homem, de nome Isaac, retornou. Na versão relatada por Ana, ela conta que Isaac tentou colocar de volta seus pertences na pochete dele, para levar para casa. Ela reagiu ameaçando um tapa, o que ele devolveu com uma mordida.
No dia 31 de dezembro, o homem já havia desferido uma série de socos no abdômen da mulher, após ameaçar inserir a força a aliança dos dois na vagina da ex-companheira. “Ele veio para cima de mim, disse que estava em surto, que ia me matar. A briga se estendeu, eu comecei a gritar pedindo socorro — ninguém nem aí”, conta Anaya, que quebrou um pedaço do dente durante as agressões.
Mas no domingo foi o ponto final da série de agressões. Após chegar em casa, ainda discutindo, Anaya levantou o capacete para bater em Isaac. “Ele veio com uma sequência de porrada. Quebrou meu braço na altura do cotovelo, vou ter que passar por uma cirurgia pra colocar uma placa de titânio. Mordeu minha orelha que está se recuperando até hoje. Mordi o braço dele esquerdo — ele ia arrancar minha orelha. Minhas pernas estão todas roxas, eu estou toda machucada, minhas costas doem, minha barriga dói, ele acertou vários socos no osso… até pra sorrir era difícil”, conta.
Depois da briga, completando o ciclo que sempre se repetia nessas situações, Isaac se mostrou arrependido e disse que iria ajudar Ana. Ele saiu de casa e voltou com remédios para dor e um picolé de chocolate. “Como me defendi dele, ele diz que isso é justificável, que agredi ele”, lamenta.
Anaya negou a suposta ajuda e foi embora. Chegou a ficar internada em Salvador, mas como é natural de Brasília, uma amiga comprou sua passagem de volta com urgência. “Senão eu seria cuidada pelo meu agressor”.
Procurada pela reportagem,, a Polícia Civil afirmou que a 23ª Delegacia Territorial (DT/Lauro de Freitas) investiga a denúncia de lesão corporal realizada por uma mulher de 24 anos, natural de Brasília, que relatou, no último dia 8, ter sido agredida pelo namorado em um bar no Rio Vermelho e na residência onde moravam. Ela informou que voltaria à terra natal após a ocorrência.
Anaya deu entrada no hospital em Brasília no dia 12 de janeiro e segue internada. A cirurgia fora do serviço público custa R$ 20 mil. Como saiu de casa às pressas, a mulher pede ajuda financeira agora, que pode ser feita na chave PIX: [email protected]. A titular é Ana Luiza.
“Quando cochilo, vejo o rosto dele, vejo a briga. Está sendo muito difícil superar isso, estou sem acompanhamento psicológico. Vejo o rosto dele nas outras pessoas, estou assombrada”, conta.
Metro1
Ajude:
PIX: [email protected]
Titular: Ana Luiza.
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