Brasil perdeu 17 fábricas por dia devido à recessão estuciada pelo golpe político-econômico de 2016

Estudos levantados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicada inicialmente pelo jornal O Estado de São Paulo, apontam que enquanto a Economia Mundial ainda crescia, passamos injustificadamente a enfrentar sérias dificuldades com a desaceleração da economia brasileira, além da queda da renda (desemprego e arrocho salarial) e a consequente queda da produção, a indústria de transformação encolheu significativamente no país nos últimos 4 anos. Pelo menos 17 indústrias fecharam as portas, por dia no Brasil, no pós golpe político-econômico de 2016.

Ou seja, o tiro saiu pela culatra. O molho ficou mais caro que o peixe. Tempo perdido à toa! Artificialidade desnecessária. Se houvesse uma recomposição político-administrativa inteligente, objetiva e conciliadora, não precisaríamos ter passado por isso. E o pior, ainda estamos sem perspectiva de um verdadeiro projeto de país. Exceto a velha usurpação costumeira de grupos políticos rivais, escondidos atrás de ideologias dissimuladas do tipo, alienação popularesca barata via discurso do tipo odioso engana trouxa.

Começamos a atual crise econômico-política com as famosas PAUTAS BOMBAS do Eduardo Cunha e fomos parar nas PAUTAS BOBAS do Bolsonaro. Em pleno 2020, ainda estamos sem rumo definido. De bala perdida de comunidade, a tiro certeiro do Witzel. Os tiros só mudaram de direção: Antes, um tiro perdido da favela para o asfalto, agora, uma rajada do asfalto para a favela. Do “heroísmo” do Moro aos ataques orquestrados contra os morros… O Brasil perdeu 17 fábricas (em média) por dia devido à recessão estuciada pelo golpe político-econômico de 2016. Embaixo desse tapete, já se vão: o petróleo, a BR distribuidora, as estradas, o minério, as empresa públicas lucrativas, o BNDES…

A operação Lava Jato deveria ser uma ação corriqueira e continua do Estado brasileiro, e não uma campanha eleitoral via batalha teatral-judicial, com fins político-eleitoral e econômico-financeiro. Errou, pagou. Simples assim. De Dólar na Cueca a Rachadinha. Seja quem for. E não seletivo, como tal. Rico roubando é especulação financeira, e pobre roubando, é ladrão de galinha? Só a justiça federal nos custou em 2019 R$ 50 bilhões… quanto mesmo foi recuperado efetivamente nestas operações?

Não se sabe ainda o que é pior, segundo recentes relatórios internacionais, o Brasil segue sendo campeão em corrupção, e a vaca das contas públicas, segue rumo ao iminente brejo… Embora o oba-oba já esteja em desfile na passarela da propaganda governamental paga, em plena companha marqueteira como devido e trapaceiro apoio do mercado financeiro, que bate palmas (não se sabe ao certo do quê). Todos os indicadores econômicos e sociais, agora são necessários se multiplicar por 10 ou 15 anos, para se chegar a algum tacanho e apertado número. Que malandragem! Pensam que o povo é besta.

Cabe frisar, que foram cerca de 25 mil unidades industriais que encerraram suas atividades. Isso não é pouca coisa não. Gastaremos anos para a reparação, inclusive até voltar ao patamar de renda da população, em especial, a mais pobre. Houve um quase início de recuperação em 2017, mas o processo perdeu fôlego em 2018. De janeiro a novembro de 2019, últimos dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE, a produção da indústria de transformação ficou praticamente estagnada. Como cocô pesado, nem sobe nem afunda de vez.

Com dificuldades para repor as perdas passadas, a indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011. A transformação está praticamente parada. Se ela não cai, também não demonstra nenhum tipo de crescimento, ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Com a renda em queda fica difícil haver uma retomada da economia, dado que a economia vive de circulação e a maioria da população brasileira é constituída de agentes de baixa renda (mais de 1/3 ainda ganham menos que 1 salário mínimo). Se a produção industrial cresce, cada aumento de 1% gera abertura de aproximadamente, 5,9 mil unidades produtivas no ano seguinte. Se cai, o número de fábricas em atividade diminui na mesma proporção, calculou Fabio Bentes, economista da Divisão Econômica da CNC e responsável pelo estudo.

A má gestão, ou gestão direcionada a determinadas classes socioeconômicas, causa maior desigualdade, diz presidente do Insper – “Não é justo governar só para os que estão na economia formal”, concluiu.

O fechamento de unidades produtivas vai se intensificando e atinge um ápice também depois de um ano, explicou Bentes. O estudo da CNC mostra que o país tinha 384.721 unidades industriais de transformação em 2014. Desceu a 359.345 indústrias em 2018, queda de 6,6% no total de unidades.

O Rio de Janeiro teve a maior queda no período (-12,7%). Perdeu 2.535 unidades em quatro anos. Em termos absolutos, o estado de São Paulo teve a maior perda de unidades produtoras. Foram pelo menos 7.312 unidades, o equivalente a uma redução de 7%. A expectativa para a produção industrial nos próximos meses, dizem ser favorável. O processo de abertura da economia e a elevada capacidade ociosa do parque fabril, podem adiar a inauguração de novas unidades industriais no Brasil do incerto e instável do capitão paraquedista Bolsonaro (Recruta Zero à Esquerda) agente carioca aposentado do fluminense e eterno exército aquartelado do Brasil S.A.

Haverá dificuldade para a retomada mesmo em cenário de crescimento da fabricação de manufaturados. A economia aparentemente, está começando a se recuperar aos poucos, e há expectativa de crescimento em torno de 2% na indústria em 2020. Mas será que vai realmente gerar cerca de 12 mil unidades produtivas em 2021?

Para os mais astutos, sugiro assistirem ao vídeo abaixo, como reflexão complementar a leitura.

Signatário Elson Andrade – arquiteto, urbanista, empresário e pós graduando do Instituto de Economia da Unicamp.


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