Bombeiros que atuaram em Brumadinho embarcam para Moçambique onde ciclone matou centenas de pessoas

Uma tropa de 20 bombeiros de Minas Gerais que atuaram nos trabalhos de busca da tragédia de Brumadinho, embarcou na noite desta sexta-feira do Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, para Moçambique, país arrasado pelo ciclone Idai.

A viagem até o destino final será longa, com cerca de 22 horas de voo. Antes de chegar na tarde de domingo em Beira, eles irão passar por Recife para abastecimento e troca da tripulação, e depois em Gana e Angola.

A missão foi articulada pelo Governo Federal, através do Ministério das Relações Exteriores. Os militares mineiros são especialistas em operações de busca, salvamento e gestão de desastre. A previsão de participação na Operação África é de 15 dias.

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Além dos militares mineiros, outros 20 homens da Força Nacional de Segurança partirão na mesma missão. Eles irão em duas aeronaves C-130 Hercules da Força Aérea Brasileira, com 20 toneladas de materiais.

Entre os materiais transportados estão água potável, veículos de transporte como camionetes e botes motorizados, barracas, geradores, torres de energia, macas, equipamentos de mergulho, além de ferramentas como motosserras, pás e enxadas. Um carregamento do Ministério da Saúde também será levado, com medicamentos e insumos.

A tropa ficará estabelecida na região das cidades de Beira e Dondo, em Moçambique, locais severamente destruídos pelo ciclone.

Cólera após ciclone

Autoridades moçambicanas confirmaram, nesta quarta-feira (27), o registro de cinco casos de cólera após a passagem do ciclone Idai, no dia 14, que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas e deixou mais de 460 mortos no país. Além da doença, os moradores da região ainda enfrentam escassez de alimentos, água e outros itens essenciais.

Com ventos de mais de 170 km/h, ele danificou casas, provocou inundações e deixou destruída 90% cidade portuária de Beira, a segunda maior do país.

Em seguida, o ciclone passou por Zimbábue e Malauí, países vizinhos. Mais de 700 pessoas morreram e centenas estão desaparecidas. Só em Moçambique, este número chega a quase 470.

G1


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