
Em uma entrevista recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que já gastou cerca de R$ 8 milhões com advogados para sua defesa em processos. Ele justificou esse gasto ao explicar que parte do dinheiro arrecadado em doações – aproximadamente R$ 17 milhões – foi utilizado para pagar os custos legais. Bolsonaro afirmou que, sem essas doações, ele não teria como arcar com os honorários dos advogados. Durante a entrevista, ele ainda destacou a grande quantidade de contribuições que recebeu, mencionando que, se pedisse mais, poderia continuar recebendo dinheiro da população.
As doações feitas a Bolsonaro geraram controvérsias e chegaram a ser alvo de investigação. Em 2023, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, enviou para análise da Polícia Federal um caso envolvendo uma “vaquinha” via Pix que arrecadou mais de R$ 17 milhões para o ex-presidente. Segundo um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Bolsonaro recebeu R$ 17,1 milhões em transferências via Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho de 2023. O relatório ainda indicou que o valor foi movimentado por meio de 769 mil transações feitas para a conta do ex-presidente nesse período.
Essa movimentação financeira levantou questões sobre a origem e a destinação dos recursos, o que levou o STF a investigar a legalidade das doações. Mesmo com as controvérsias, Bolsonaro tem afirmado que o dinheiro foi destinado para a cobertura de custos com sua defesa jurídica e que não houve irregularidades em sua gestão do recurso.
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