O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) utilizou mais uma vez, na manhã desta segunda-feira, 2, o cercadinho do Palácio da Alvorada para atacar adversários e membros da Justiça brasileira.
No bate-papo com apoiadores, que durou quase uma hora antes de iniciar oficialmente suas atividades do dia, Bolsorano, cercado de seguranças, mirou o primeiro alvo: o ministro da Suprema Corte brasileira, Luis Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Acusou o membro do STF de querer eleições sujas e não democráticas em 2022.
“O que está em jogo? É impor uma ditadura no Brasil usando as armas da democracia. Se esse cara [Lula] volta, e tem tudo para voltar… Vamos pegar a realidade, é a realidade. Os mesmos que o tornaram elegível é que vão contar os votos na sala secreta. Acha que não vai voltar?”, acusou, ao completar: “Quem quer eleição suja e não democrática é o ministro Barroso. Esse cara se intitula como quem não pode ser criticado. Ele foi para dentro do parlamento fazer lobby”.
Depois de Barroso, Bolsonaro mirou o ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas de intenções de votos para a presidência da República nas eleições de 2022 e com chance de derrotá-lo, caso ele decida disputar a reeleição. Chamou o petista de “picareta, bêbado, cachaceiro, incompetente e corrupto”.
“Se esse picareta voltar, qual o perfil daqueles que ele vai indicar para o Supremo? Acabou o Brasil, pessoal. Acabou a democracia, a liberdade, tudo. (…) Problemas a gente tem. Agora quer trocar o motorista e botar um bêbado, incompetente e corrupto para dirigir o Brasil?”, vociferou.
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