O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou a aliados que decidiu deixar o PSL e que vai criar uma nova legenda chamada Aliança pelo Brasil. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (12), em reunião com congressistas do PSL no Palácio do Planalto. A confirmação foi dada por deputados que estiveram no encontro.
Segundo o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), a criação da nova sigla deve ser finalizada em março. A ideia é que dê tempo de aproveitar uma eventual janela de mudança partidária, o que ainda está em discussão na Câmara. Pode ou não ser aprovada, portanto. Se for, permitirá a troca no próprio mês de março do ano que vem.
Ainda de acordo com Silveira, 30 deputados aproveitariam a brecha para mudar de legenda. O número contemplaria até filiados a outros partidos. No entanto, só com uma janela eleitoral eles poderiam sair das siglas em que estão atualmente, devido à regra de fidelidade partidária.
O regramento veda a troca de legenda por eleitos pelo voto proporcional (vereadores, deputados estaduais e deputados federais). Para ocupantes de cargos eleitos por meio do voto majoritário (senadores, governadores e presidente da República), não há impedimento.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) já protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua saída do PSL, de acordo com a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que também falou com a imprensa depois da reunião no Planalto.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, ainda não teria protocolado a saída da sigla. “Ele primeiro anunciou”, afirmou Kicis. Ela acrescentou que no dia 21 deste mês já acontecerá a 1ª convenção do Aliança pelo Brasil. Local e horário não foram informados.
Já os deputados continuam no PSL enquanto a criação da nova sigla não for concluída –a não ser que sejam expulsos. Nada muda, segundo Silveira. Nem a liderança da bancada na Câmara, hoje nas mãos do deputado Eduardo Bolsonaro (SP).
Metro 1
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