Eles andam em grupo, geralmente enfileirados, um atrás do outro, sem levantar qualquer tipo de suspeita. De repente, no meio da multidão, uma mão sorrateira apalpa e, sem que a vítima perceba, o membro abafa o aparelho celular ou qualquer outro pertence de valor do folião mais desavisado. De forma rápida, o objeto vai passando de mãos e mãos até desaparecer no meio da bagunça.
A cena acima foi descrita por vítimas e presenciada pela reportagem do BNews no primeiro dia do Carnaval, no Circuito Osmar, no Campo Grande. Durante a passagem do bloco Alerta Geral, uma foliã que estava de abadá, mas fora da corda, foi furtada por um grupo de rapazes, todos aparentando ter menos de 20 anos.
Ao ser furtada, a vítima alertou e pediu ajuda a pessoas que estavam nas imediações. Já os suspeitos sumiram no meio dos demais foliões. No momento do crime, não havia policiais nas proximidades.Um grupo de agentes havia passado minutos antes.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) costuma divulgar a quantidade de crimes no dia seguinte à festa. O órgão diz que o número de furtos e roubos diminuíram neste ano nas festas de largo e eventos pré-carnavalescos, se comparado a 2020. A maior festa que antecede o Carnaval, o Furdunço, por exemplo, acabou com 63 furtos. Em 2020, foram registrados 104.
“Eram três ou quatro jovens que estavam andando em fila indiana, um que estava atrás do meu namorado começou a empurrá-lo para que ele pudesse olhar para trás, se distrair, enquanto um outro puxava o aparelho. Como são vários, não conseguimos saber qual foi o responsável por levar o celular”, comentou uma turista mineira sobre a Festa de Iemanjá. Naquela ocasião, ao todo, a SSP registrou 84 casos de furtos.
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