O condutor do caminhão-pipa que invadiu uma distribuidora de bebidas em Juazeiro, no norte da Bahia, causando a morte de Rosilane Rodrigues de Souza, havia furtado o veículo após o horário de expediente. A informação foi divulgada pela prefeitura de Juazeiro, por meio de nota, nesta quarta (12). O homem está preso, segundo a Polícia Militar da cidade.
Rosilane Rodrigues, de 37 anos, era madrasta do jogador baiano Walace Souza, ex-seleção brasileira de futebol e atual no Udinese da Itália. O enterro dela está previsto para ocorrer na quinta-feira (13), em Jacobina, também no norte do estado e a cerca de 237 km de Juazeiro.
O caminhão-pipa envolvido do acidente usava a logomarca da prefeitura de Juazeiro e, ainda segundo a gestão municipal, o homem que dirigia o veículo no momento da invasão à distribuidora era um ajudante geral. A prefeitura disse que o caminhão havia passado por uma revisão recentemente.
O motorista também estava embriagado e não tinha habilitação para dirigir. Ele poderá responder por homicídio culposo – sem intenção de matar- ao dirigir sob influência de álcool e sem habilitação. A pena pode chegar a nove anos, sendo oito anos pelo homicídio culposo sob efeito de álcool e um ano por não ter carteira de habilitação.
A distribuidora de bebidas ficou completamente destruída. De acordo com os familiares, depois de atingir a estrutura o motorista deu ré, o que teria comprometido ainda mais a estrutura.
Rosilane e outras dez pessoas estavam no local no momento do acidente, mas elas conseguiram sair do local sem ferimentos graves. O esposo da vítima e pai de Walace também estava no local, mas não ficou ferido.
“Ele certamente perdeu o controle e por pouco não atingiu mais pessoas. As outras pessoas conseguiram fugir, mas minha tia vinha de costas. Quando o caminhão bateu na coluna da loja, a coluna caiu por cima dela. Ele tentou dar ré e pirou a situação, porque o restante dos escombros caiu nela”, disse Railan Rodrigues, sobrinho da vítima.
Após o acidente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os bombeiros foram acionados para socorrer a comerciante, mas a morte dela foi constatada no local. Rosilane deixa duas filhas, uma de 13 anos e outra de 17 anos.
Os moradores do bairro se assustaram com acidente. Eles afirmaram que, apesar desta ter sido a primeira morte por atropelamento, é comum ver os motoristas passarem em alta velocidade na região. Além disso, informaram que o contorno não tem sinalização, nem quebra-molas, o que facilita a ocorrência de acidentes de trânsito.
Com relação à denúncia dos moradores, a prefeitura de Juazeiro informou que a sinalização do bairro é feita com faixas e lombadas, além de placas.
G1
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