Azeite é o principal vilão da Páscoa: veja preços que mais subiram e caíram

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O avanço da inflação na Páscoa deste ano deve ser menor do que o registrado em 2023. Mas o valor de alguns produtos disparou e é bom o consumidor ficar atento aos heróis e vilões que os aguardam nas gôndolas do supermercado.

Um estudo feito pela XP mostra que os preços de chocolates em barra e bombons, por exemplo, subiram 3,83% em 2024, ante 10,7% no ano anterior. Isso não quer dizer, contudo, que alguns itens não tenham apresentado saltos formidáveis nesse período. O azeite de oliva é o maior exemplo desse segundo grupo.

De acordo com dados baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, o preço desse tipo de óleo aumentou 40,7% nos últimos 12 meses, a maior elevação entre os itens que compõem a cesta da Páscoa.

Problemas climáticos

A explosão dos preços do azeite não chega a ser novidade. De acordo com produtores e exportadores, ela é resultado de sucessivas quebras de safra, que vêm ocorrendo desde 2022 na Europa. Elas têm sido provocadas por problemas climáticos, que resultam em longos períodos de seca, associados à ação da bactéria Xylella, que ataca as plantações.

Como resultado, houve queda na produção de azeitonas, das quais o azeite é extraído. O ano retrasado marcou o pior período de colheita da história do produto, com redução de 26%, se comparada à média anual. E o problema ainda não foi totalmente resolvido.

Em agosto, o preço do azeite em algumas regiões da Espanha, responsável por mais de 40% da produção global do óleo, chegou a 8,20 euros quilo. Isso representou um salto de 116% em relação aos 3,80 euros cobrados por quilo no mesmo mês do ano anterior.

Outras altas

Além do azeite, na Páscoa de 2024, o consumidor também está pagando mais caro por produtos como o açúcar refinado (13,92%), o açúcar cristal (7,51%), o sorvete (10,43%), além de bebidas alcóolicas em geral (11,27%) e a cerveja (3,81%) em particular.

O preço do bacalhau, porém, manteve-se praticamente estável em relação ao ano passado, com aumento de 0,46%. O valor cobrado por outros pescados, na média, subiu 2,68%.

Quedas expressivas

Em contrapartida, a análise da XP também mostra quedas expressivas de preço. Nesse caso, a lista inclui o óleo de soja (-22,73%), as carnes em geral (-7,95%), a margarina (-8,43%) e, em menor grau, o vinho (-4,38%).

Chocolates

A análise da XP não inclui o ovo de Páscoa na cesta de produtos analisados. Ainda assim, constatou o menor avanço dos produtos que utilizam chocolate neste ano do que no ano passado. Ainda assim, alta desses itens é atribuída à elevação do valor do cacau no mercado internacional, provocado pela quebra de safra em países produtores, principalmente na África.

Diferença de preço

O Procon-SP também divulgou na semana passada uma pesquisa sobre preços de chocolates, mas nesse caso incluiu os ovos de Páscoa. O levantamento constatou que houve, em média, um acréscimo no preço médio do quilo dos bombons de 8,76% (passou de R$ 150,92 para R$ 164,14) e de 8,30% no quilo dos tabletes (de R$ 79,20 para R$ 85,77). Já o quilo dos ovos registrou queda de 15,52% (de R$ 318,26 para R$ 268,87).

Na capital paulista, embora os valores tenham diminuído de um ano para outro, a consulta – feita em lojas online – constatou diferenças de até 159,08% entre fornecedores. O ovo de Páscoa Arcor Bon Bon Morango de 150 gramas custava R$ 69,90 num site. Em outro, era vendido por R$ 26,98.

Metropóles


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