O governo da Argentina anunciou a aprovação do uso da vacina da Sinopharm, de origem chinesa, para imunizar crianças de 3 a 11 anos contra a Covid-19, única faixa etária que ainda não iniciou o processo de imunização no país sul-americano.
“É um grande passo em nossa campanha de vacinação e se soma à escalada de vacinação de adolescentes que planejamos para outubro”, declarou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, em uma coletiva de imprensa conjunta com seu colega da Educação, Jaime Perczyk.
Cerca de 5,5 a 6 milhões de crianças entre 3 e 11 anos estão em condições de serem vacinadas, para as quais a Argentina já possui um estoque de quase 10 milhões de doses da Sinopharm e prevê a chegada de 2,75 milhões para a próxima semana.
O imunizante da Sinopharm é administrado em duas doses, com 28 dias de intervalo.
“A Argentina encerrará o ano de 2021 com toda a sua população acima dos 3 anos coberta” contra o coronavírus, prometeu a ministra.
Vizzotti explicou que para essa aprovação contaram com os resultados de ensaios clínicos de fase 1 e 2 realizados em crianças na China e nos Emirados Árabes Unidos, assim como a experiência do Chile, onde é aplicada nessa faixa etária outra vacina “de plataforma igual”.
A Argentina começou recentemente a imunizar cinco milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos com as vacinas da Moderna e da Pfizer. No total, até esta sexta-feira, cerca de 22,4 milhões de pessoas completaram o esquema de vacinação (49,7% da população total), e outras 7,4 milhões receberam a primeira dose.
O governo pretende aproveitar a campanha da covid-19 para completar o plano de vacinas obrigatórias para crianças em idade escolar, que em muitos casos ficou interrompido desde março de 2020 em meio ao confinamento pela pandemia.
“Essas vacinas podem ser administradas juntas, será uma grande oportunidade para recuperar os planos de vacinação”, afirmou Vizzotti.
Há várias semanas, a Argentina registra uma queda substancial nas infecções e mortes diárias por covid-19, números que nesta sexta-feira foram de 1.564 novos casos e 48 óbitos, o que levou a uma forte reabertura das atividades.
A Argentina, com 45 milhões de habitantes, registrou 5,5 milhões de infecções no total e pouco mais de 115 mil mortes desde o início da pandemia.
G1
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