Americanos vão às urnas em clima de forte polarização e chance de votação recorde

Joe Biden e Donald Trump disputam nesta terça (3) uma eleição presidencial que deve bater recorde histórico de participação, com mais de 150 milhões de votos.

O número se torna ainda mais impressionante ao lembrar que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos. Em 2016, cerca de 60% dos 240 milhões dos cidadãos aptos votaram, mas este ano a porcentagem deve ficar acima dos 65%, segundo projeções.

Quando será anunciado o vencedor, porém, ainda é incerto. Diferentemente de 2016, quando Trump foi confirmado vitorioso já na madrugada seguinte ao dia da votação, é esperado que a apuração dos votos neste ano demore mais.

Isso porque alguns estados só começam a contar os votos que chegam por correspondência após o fechamento das urnas. Como é preciso validar a autenticidade da cédula e, em 2020, houve aumento nessa modalidade de votação, a demora é prevista pela maioria dos analistas eleitorais americanos.

Para vencer a eleição e se tornar presidente, não basta conquistar a maior quantidade de votos populares. Os Estados Unidos adotam o sistema de Colégio Eleitoral, que tem 538 integrantes. Um candidato à presidência precisa garantir 270 deles para chegar ao cargo.

Quando os eleitores norte-americanos votam, eles na verdade estão decidindo para quem vão entregar os delegados de seus estados. E estados com mais habitantes têm mais delegados no Colégio Eleitoral. O sistema do Colégio Eleitoral existe justamente para que estados mais populosos tenham peso maior na decisão.

Para ajudar, quase todos os estados – com exceção apenas de Maine e Nebraska – adotam um sistema chamado “winner takes all” (ganhador leva tudo), no qual o candidato que conseguir o maior número de delegados fica com todos.

Congresso
Além do presidente, os americanos também votam nesta eleição em deputados e senadores que irão compor um novo Congresso a partir de janeiro de 2021. Estão em disputa todos os 435 assentos da Câmara e 35 dos 100 no Senado.

O resultado pode alterar as maiorias nas duas casas e influir diretamente no apoio ao presidente eleito, seja ele quem for.

Atualmente, os democratas têm a maioria na Câmara, com 232 deputados, contra 197 republicanos. Há ainda um deputado libertário e cinco assentos vagos, quatro por renúncias e um após a morte do congressista John Lewis, em julho deste ano.

Já no Senado a maioria é republicana. Dos 100 assentos, eles ocupam 53, enquanto os democratas são 45. Existem ainda dois senadores independentes.

G1


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