Ainda mandam ‘torpedo’: quase 1 milhão de baianos não sabe usar a internet

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Não saber usar a internet foi o principal motivo apontado por pessoas que não possuem o serviço. Entre 2021 e 2022, 48,1% de 2 milhões que não utilizaram a internet afirmaram que não tinham conhecimento suficiente para isso. Os dados são do módulo sobre Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Bahia ocupa a apenas a 17ª maior participação de internautas na população de 10 anos ou mais de idade (84,5%), o que poderia ser explicado por dois fatores: renda domiciliar per capita e nível de instrução, como aponta a supervisora de disseminação do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros.

“A baixa renda tem uma interferência muito grande na hora de acessar o serviço, não só o custo do serviço em si, mas os equipamentos para acessar”, explica.

Do ponto de vista de nível instrução, Viveiros pontua um índice maior entre estudantes, empregados e pessoas que possuem, no mínimo, o ensino médio completo. “Há uma ligação muito grande com esses dois fatores, que, combinados, explica o percentual de pessoas que afirmam não saber usar a internet”, diz.

Em todos os seis anos da série histórica da PNADC TIC, não saber usar o serviço foi o motivo mais citado pelos baianos. Houve um crescimento significativo em comparação a 2021, ano em que 39,6% dos não usuários citaram a mesma justificativa.

Conectados: mais de 80% dos baianos acessam a internet
Até meados da década de 90, o acesso à internet era restrito a colaborações acadêmicas, desenvolvidas por alunos, professores e funcionários de instituições de ensino. Somente a partir de 1995, pessoas que não faziam parte deste grupo passaram a ter o serviço. Em 2022, a Bahia registrou o segundo maior crescimento de internautas do país, com 84,5% da população de 10 anos ou mais de idade conectada à internet.

No total, mais de 10,9 milhões de pessoas utilizaram internet no estado, o que configura um acréscimo de 6% em comparação ao ano anterior, quando 10,3 milhões de internautas foram registrados no estado baiano – número que representava 79,7% da população. O índice de crescimento estadual foi superior a média nacional, de 3,8%: entre 2021 e 2022, o Brasil passou de 155,7 milhões de usuários para 161,6 milhões, o que representa um adicional de 5,9 milhões de um ano para outro.

Os dados são do módulo temático sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento do número de internautas baianos em 2022 possui relação direta com um início tímido da corrida por acesso à internet no estado. Em 2016, quando o Brasil já figurava a lista de países que mais consumiam redes sociais no mundo, apenas 56,1% da população baiana possuía o serviço.

“Há esse estatístico de que, quando mais baixo é o número, mais fácil se torna o crescimento. Sendo assim, ele cresce com mais vigor”, explica a supervisora de disseminação do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros.

Correio24Horas


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