O governador Rui Costa continua com sua atuação aprovada pela maioria da população no combate à pandemia, segundo levantamento A Tarde/Potencial Inteligência. Apoiam as medidas adotadas pelo chefe do Palácio de Ondina 69,1% dos entrevistados, enquanto 18,6% das pessoas ouvidas reprovam as ações do gestor. Não opinaram 12,3%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 18 de fevereiro, pouco antes do início do toque de recolher decretado pelo governo do Estado em 343 municípios baianos, com o objetivo de tentar frear o avanço da Covid-19.
Por outro lado, o trabalho do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento ao coronavírus foi reprovado por 62,3% das pessoas ouvidas. Outros 25,4% aprovaram as ações do chefe do Palácio do Planalto e novamente 12,3% não se manifestaram.
A dinâmica se repete quando é verificada a avaliação geral dos gestores. Rui faz um ótimo governo para 17,8%, bom para 32,8% e regular para 28,6%. Consideram a gestão estadual ruim 5,1% e péssima, 7% dos entrevistados.
O governo Bolsonaro, por sua vez, é péssimo para 42% e ruim para 11,4%. Avaliam o desempenho do presidente como regular 18%, enquanto 11,4% o classificam como bom e 7,1%, como ótimo.
Regiões
Bem avaliado em todas as regiões, o governador tem seu melhor desempenho na Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde registra 66,7% de avaliação ótima/boa e apenas 1,7% de ruim. Nenhum dos 60 entrevistados da região (que representaram 8,7% do total de pessoas ouvidas) classificou o governo estadual como péssimo.
Como verificado em levantamentos anteriores, Bolsonaro tem uma rejeição menor no interior, em comparação com a capital. Em Salvador, 58,7% dos entrevistados consideram seu governo péssimo, enquanto no interior esse índice é de 38,1%. Na capital, a avaliação de ótimo/bom do presidente é de 9,3%. E no interior, 21,8% definem o governo federal dessa forma.
Para Zeca Martins e Renê Pimentel, diretores da Potencial, já se pode falar em uma tendência de consolidação de uma leve melhora na avaliação de Bolsonaro no interior, desde meados do ano passado, observadas pesquisas feitas no período.
No entendimento dos sócios da empresa, o pagamento do auxílio emergencial até dezembro provavelmente influenciou para esse resultado.
“No interior, um auxílio como essa pesa bastante. É como se costumava dizer, que muitas cidades tinham a economia do contracheque. A capital sente menos isso, apesar de também ter uma importância”, afirma Martins.
“Tem cidades que não se sustentam, não geram renda, vivem da gestão pública. Na medida em que há um auxílio, isso faz uma diferença rapidamente notada na economia local”, reforça Pimentel.
A pesquisa foi realizada com uma amostra da população de responsáveis por estudantes de 4 a 18 anos matriculados nas redes de ensino pública e particular, que opinaram também sobre um possível retorno das aulas presenciais no estado.
O nível de confiança é de 95% e a margem de erro amostral, de 3,73 pontos percentuais. Foram realizadas 690 entrevistas por telefone. Fizeram parte da amostra 37 municípios, entre os quais as 17 cidades com mais de 100 mil habitantes e os demais por sorteio.
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