Em todo o mundo a pandemia do covid-19 continua provocando desde curiosidade médico/científica até pânico ou “histeria”, como disse o presidente Bolsonaro.
Fato é que a principal recomendação para o momento no Brasil, a fim de evitar situações de descontrole que hoje se reproduzem na Europa, é a de ficar em casa.
Em Ipiaú, bem como em toda a Bahia, as escolas em geral decretaram suspensão de atividades por um prazo mínimo de dez dias. A mesma paralisação foi anunciada nesta quarta feira (18) pelas igrejas evangélicas.
Com todo mundo se fechando em casa para evitar a disseminação do temido vírus, o prejuízo para a atividade econômica é considerado a essa altura incalculável. Há países destinando parte do orçamento depositando uma renda mínima, ou ‘voucher’ ( a fim de manter o básico da atividade comercial ) para as famílias dos trabalhadores informais que estão sendo obrigados a parar . No Brasil o governo já anunciou 200 reais para cada família.
O que nos remete ao fato de que está chegando a hora de se discutirmos um assunto incômodo, mas inevitável: comerciários terão direito ao isolamento proposto pelo Ministério da Saúde? Justamente os comerciários que atendem ao grande público sem ter como adivinhar quem é positivo para covid-19 e quem não é?
Sabemos que se o comércio pára, a atividade econômica do país entra na UTI e esse é um pensamento que causa arrepios a todos. Mas se os comerciários, ou seus familiares, adoecerem o comércio também não teria de parar por falta de mão de obra?
Na Itália, a primeira ordem de isolamento, antes da doença se tornar epidêmica, foi tratada por grande parte da população como um período divertido de férias, com casas de shows e praças lotadas todos os dias da semana. Hoje aquele país vive um momento de dor com milhares de mortes e falta de respiradouros nos hospitais, onde os médicos precisam, pela falta de equipamentos e remédios, decidir quem vai viver ou morrer.
Não há ainda tratamento adequado para o novo coronavírus, daí o medo generalizado. Para piorar, na região de Ipiaú os leitos de UTI são raros.
Uma parada radical agora poderia evitar muita lágrima num futuro próximo. Senão, oremos.
Celso Rommel / Ipiaú Online
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