A cada R$0,10 de alta nos combustíveis, 5 mil pessoas migram para transporte público

Fonte: edifício IBGE; Imagem de Divulgação
Estudo mostra que o custo do transporte é um dos principais fatores levados em consideração pelos brasileiros ao escolher meios de locomoção.

O aumento no preço dos combustíveis em todo o Brasil é um dos principais fatores que vem impactando negativamente as finanças da população no último ano. Isso porque os custos elevados impactam também em outros setores da economia, como a inflação, por exemplo. O indicador atingiu o patamar de 11,73% nos últimos 12 meses após alta de 0, 47% no mês de maio, como divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (9).

Apesar da nova alta, os dados registrados pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) foram melhores do que o esperado por analistas. A expectativa inicial era de alta em torno de 0,60%, culminando em 11,84% nos últimos 12 meses.
Para Pedro Kislanov, gerente do IPCA, a alta da inflação se dá, sobretudo, por dois fatores. O principal, para ele, é a elevação dos custos devido ao aumento nos preços dos combustíveis e pressão de demanda. “Com o aumento do consumo, após um período de demanda reprimida por serviços, especialmente aqueles prestados às famílias. Isso impacta, também, alimentação fora do domicílio e itens de cuidados pessoais”, explica Kislanov.

O aumento recente em postos de todo o país está diretamente ligado, sobretudo, à alta global do preço do petróleo, que é piorada no Brasil em decorrência da desvalorização do real. O cenário, que já era preocupante para o bolso do brasileiro devido à fragilidade da economia do país na pandemia, foi ainda mais agravado após invasão da Rússia à Ucrânia, iniciando a guerra que já dura mais de 100 dias.

Alta dos combustíveis impacta outros serviços
A situação se torna ainda mais delicada quando diversos serviços, que dependem do valor dos combustíveis, acabam ficando mais caros, seja a comida na prateleira dos supermercados, o serviço prestado por aplicativos de transporte privado, ou até o transporte público. Este último, segundo pesquisa realizada na Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), sofre impacto direto com o aumento nos valores da gasolina e etanol.

O estudo mostra que o aumento no preço dos combustíveis faz com que cada vez mais pessoas procurem o transporte público em Curitiba. Cálculos feitos por pesquisadores apontam que a cada R$ 0,10 centavos de aumento no preço dos combustíveis, cerca de 5 mil novos passageiros passam a utilizar os ônibus de trânsito rápido (BRT).

Para um dos pesquisadores, vários fatores são levados em conta pelas pessoas para que cheguem à conclusão de qual meio de transporte irão utilizar no deslocamento pela cidade. Alguns deles são a duração do trajeto, conforto e um dos principais, o valor pago.
Outro fator determinante para quem precisa se locomover, principalmente em longas viagens, é a segurança. Nesses casos, mesmo que o valor pago no transporte público seja menor, muitas pessoas optam por utilizar o veículo particular mesmo que, desta forma, precise arcar com o alto valor dos combustíveis.

Neste cenário, é recomendado que o condutor contrate o serviço de seguro para carros, a fim de evitar perder todo o investimento feito no veículo em caso de acidente ou roubo do bem móvel.

Optando pelo transporte público
Quando o cidadão dispensa o uso de veículos particulares e opta por utilizar o ônibus, por exemplo, é possível determinar uma média de R$ 220 gastos com o pagamento de duas passagens diárias, com base nos valores da capital paranaense.

Com isso, não é necessário lidar com custos do IPVA, estacionamento, gasolina, seguro para carro, gastos com revisões e, principalmente, o investimento na compra do veículo.


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