Um grupo de indígenas venezuelanos, desde o último sábado (8), está abrigado em um galpão no bairro Rua Nova, em Feira de Santana. Na manhã desta segunda-feira (10), os seis adultos e as 10 crianças receberam assistência médica e social. As informações são do portal Acorda Cidade.
A enfermeira Darlene Santos explica como foi o apoio aos venezuelanos. “Estamos avaliando as questões de saúde. Esse público é novo na nossa cidade, então viemos com uma equipe completa para avaliar as vacinas, entre outras questões. Todos passaram por atendimento médico, foram solicitados os exames necessários, prescritas e liberadas as medicações. Também aplicamos vacinas e vamos dar orientações e cuidados necessários”, disse.
Segundo ela, foi constatado em alguns indígenas dermatites de contato, provavelmente pela situação em que vivem. “Eles nos relataram que vem passando de cidade em cidade e apresentaram essas dermatites de contato. Alguns também apresentaram quadro de infecção intestinal, tanto em crianças, como em adultos. Mas a medicação já foi liberada”, informou.
O chefe de gabinete da secretaria de Desenvolvimento Social, Pedro Américo Lopes, disse que a assistência ao grupo vem sendo oferecida desde o último final de semana. “De imediato, a gente já vem tentando um benefício eventual, como cesta básica, para poder auxiliar. A gente identificou que muitos moradores do bairro acolheram esses venezuelanos. Foi identificado que as famílias foram encontradas no Centro de Abastecimento e, hoje, as equipes vieram com o objetivo de verificar a situação real deles”, disse.
Pedro Américo destacou que a prefeitura vai cumprir a legislação. “Essa questão de imigração é própria do governo federal. a gente já fez a comunicação com o Ministério da Justiça e com a Polícia Federal para verificar a questão de documentação. E, da parte da assistência social, estamos fazendo todo o acolhimento”, informou.
O estudante de direito, Niwer Tavares, foi ao galpão para ajudar as equipes da prefeitura na conversação com os venezuelanos. Niwer explica o que eles disseram sobre a vinda para o Brasil. “Eles saíram de lá por causa do governo e entraram aqui à procura de condições de vida melhores. Eles já passaram por Belém, João Pessoa, Recife e, de Caruaru, vieram para cá. Esse tempo todo, eles estão sobrevivendo através de doações. Eles têm uma placa pedindo ajuda nos sinais de trânsito. Eles não entendem muito espanhol e nem português, pois falam o dialeto próprio da tribo deles”, contou.
A equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Rua Nova vacinou todos do grupo, em especial as crianças. A previsão é que os indígenas sejam transferidos para um abrigo mais seguro no final desta segunda-feira.
BN
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