A Câmara Municipal de Salvador homenageou o jornalista Walmir Damasceno, o Taata Nkisi Katuvanjesi, com o Título de Cidadão de Salvador. A honraria foi entregue durante sessão solene realizada nesta segunda-feira (2), no Plenário Cosme de Farias da casa legislativa, no centro da capital baiana.
O evento contou com participação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e reuniu familiares, amigos, parlamentares, lideranças das religiões de matriz africana da Bahia e representações institucionais de diversos setores da sociedade.
“Walmir Damasceno tem uma vida dedicada aos movimentos sociais, movimento negro, luta pelos direitos humanos e pelo respeito às religiões de matrizes africanas. Essa homenagem é para destacar a importância dessas ações realizadas por ele em todas as áreas de atuação social em que se destaca”, pontuou o vereador Marcos Mendes, proponente da honraria.
“Este é um ato de reconhecimento e abraço coletivo da cidade de Salvador ao Tata Damasceno, sem duvidas, pelas contribuições para preservação do conjunto de tradições de matrizes africanas. Seu trabalho determinado e cuidadoso, sempre conectado com as lutas baianas, tem contribuído com muitos debates e na valorização da diversidade religiosa”, ressaltou a secretária Fabya Reis, que compareceu à solenidade.
Sobre o homenageado
Walmir Damasceno nasceu em Barra do Rocha, no sul da Bahia. De origem humilde, logo cedo se destacou por seu olhar crítico e pela intensa inclinação aos estudos, o que o levou a deixar sua cidade natal muito jovem e fosse em busca de seus objetivos. Atento às questões sociais, aos 15 anos iniciou sua militância política, dividindo seu tempo entre a escola, a política e os bicos que conseguia para sobreviver, evidenciando sua personalidade aguerrida e determinada.
Entre seus feitos está a fundação do Juventude Democrática Social (JDS). O homenageado foi o primeiro repórter da Rádio Ipiaú, cursou a faculdade de Comunicação da UFBA e, em São Paulo, formou-se em Direito e Letras. Ele foi jornalista dos maiores jornais de Salvador e sempre esteve entre as lideranças nas Federações de Culto Afro-Brasileiro.
Residente há mais de trinta anos no estado de São Paulo, é líder de um terreiro de candomblé “Kongo Angola” de nação Bantu, na cidade de Itapecerica da Serra, onde tem se dedicado a organizar e presidir pesquisas, conferências e palestras, nacionais e internacionais para promoção da igualdade racial, valorização da história e da cultura africana e afro-brasileira. É dirigente do Instituto Latino Americano de Tradições Afro Bantu (Ilabantu) e foi empossado, este ano, como imortal da Academia de Ciências, Letras e Artes de São Paulo.
Com informações da Câmara Municipal de Salvador/Diretoria de Comunicação.
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