Governador da Bahia em exercício, João Leão (PP), assinou, nesta segunda-feira (14), o decreto estadual de emergência para liberação de recursos para os municípios atingidos por manchas de óleo no litoral do estado.
“Nós queremos ver se nós podemos conter essas manchas antes de chegar nas praias. Esse é nosso objetivo. Amanhã estaremos indo para Brasília, levar para o governo federal e trazer a parceira da Petrobras e Marinha”, disse durante coletiva.
Na ocasião, Leão também descartou a chegada de duas manchas de óleo, uma de 21 quilômetros quadrados e outra de 3,3 quilômetros quadrados que estariam a cerca de 100 quilômetros de distância do litoral baiano.
As anomalias foram identificadas pelo professor do curso de Oceanografia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Pablo Santos, especialista em sensoriamento remoto, de acordo com a Folha de São Paulo.
As manchas foram identificadas por um satélite da União europeia, cuja base de dados é parcialmente pública. Na época, Pablo afirmou que com a ação de ondas e dos ventos a macha chefaria à costa em fragmentos menores.
“Até agora, não. O secretário [de Secretário do Meio Ambiente] João Carlos deu um voo em toda a região e não temos nada de mancha grande. O helicóptero do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] esteve nesse ponto e não teve mancha nenhuma até agora”, disse João Leão.
Até o momento, 35 toneladas de óleo foram retiradas das praias baianas. O trabalho de coleta é feito pelos municípios, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. “Hoje, eu sobrevoei todo o Litoral Norte, de Salvador a Conde, e encontramos mancha de óleo a partir de Jacuípe. A concentração maior é em Sítio do Conde, Conde e Massarandupió. Fazendo uma comparação entre hoje e sexta-feira [11], houve um decréscimo acentuado da quantidade de óleo que chegou às nossas praias”, disse o secretário do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira.
Além de limpar as praias, há uma preocupação com os rios e mangues que podem ser atingidos. Um efetivo de 200 bombeiros está trabalhando na retirada dos resíduos. “Estamos intensificando o trabalho principalmente nas regiões onde há dificuldade de acesso, porque nas zonas mais urbanas as prefeituras têm atuado junto com o Governo do Estado. Nós temos colocado para as cidades a possibilidade não somente do decreto de emergência ambiental, como também equipamentos e materiais que permitem a retirada”, explicou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Francisco Telles.
Quem encontrar manchas de óleo na praia pode notificar o Corpo de Bombeiros (193), a Polícia Ambiental (190) ou o Inema (08000 71 14 00). É importante que a população evite as áreas afetadas e não toque ou remova os resíduos.
Metro 1
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