66ª fase da Lava Jato apura lavagem de dinheiro praticada por funcionários do Banco do Brasil

A 66ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (27), apura lavagem de dinheiro praticada por doleiros e funcionários do Banco do Brasil, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF).

São cumpridos sete mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e um em Natal (RN).

Segundo a Polícia Federal (PF), os suspeitos atuaram em benefício de empresas que contratavam com a Petrobras e necessitavam de dinheiro em espécie para o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.

‘Alerta Mínimo’
Esta nova etapa da Lava Jato foi batizada de “Alerta Mínimo”.

Nas investigações, conforme a PF, documentos revelados por colaboradores mostram que um doleiro – cujo nome ainda não foi informado – produziu, pelo menos, R$ 110 milhões em espécie. Esse dinheiro viabilizava o pagamento de propinas.

De acordo com a PF, a produção de dinheiro em espécie envolvia trocas de cheques que eram obtidos no comércio em São Paulo. Além disso, houve abertura de contas sem documentação necessária ou com falsificação de assinaturas em nome de empresas do ramo imobiliário.

A suspeita da PF é de que gerentes de agências bancárias participavam do esquema ao dar suporte às operações de desconto de cheques. Eles também, segundo a PF, elaboravam justificativas internas para evitar fiscalizações e ações de compliance.

Os funcionários, em troca, recebiam comissões dos operadores e vendiam produtos da agência para atingir metas, conforme a PF.

G1


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