A condenação por caixa dois do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi contestada pelo jornal Folha de S. Paulo, afirmando que a análise do gasto de eletricidade na impressão de material de campanha teve um resultado equivocado. Segundo o juiz Francisco Carlos Shintate, autor da sentença, duas gráficas emitiram notas fiscais frias na campanha de Haddad à prefeitura em 2012, cometendo então crime eleitoral ao incluir documentos em prestação de contas.
O juiz afirmou, sem parecer técnico, que a gráfica não teve aumento considerável de consumo de energia no período eleitoral, o que indica que a empresa não produziu o material de propaganda registrado nos documentos. A tabela usada pelo juiz foi incluída na sentença, e é possível observar nela um aumento de 50% no mês de agosto e 33% em setembro em relação ao ano anterior à eleição.
Porém, três técnicos do setor e uma fabricante de máquinas foram ouvidos pela Folha e afirmam que o acréscimo seria suficiente para a produção do material declarado por Haddad. Assim, a sentença apresenta dois problemas, segundo a reportagem: não foi feita perícia técnica no processo e houve equívoco na justificativa de que o aumento de consumo de energia da gráfica não foi significativo nos meses de agosto e setembro de 2012.
Metro 1
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