O ministro da Educação, Abraham Weintraub, escreveu duas vezes a palavra “paralisação” com a letra “z” em lugar de “s” em ofício endereçado ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
O documento com erro de grafia foi enviado para fazer um alerta acerca da insuficiência de recursos previstos para o ministério em 2020.
“Com a redução de bolsistas de mestrado e doutorado, há paralização (sic) de pesquisas e risco de evasão de pesquisadores para atuação no exterior, comprometendo o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país”, diz o ministro da Educação, na página 4 do ofício, do dia 15 de agosto deste ano.
“O referencial monetário apresentado ao MEC impossibilita a destinação de menos da metade do orçamento que as universidades e institutos possuem atualmente. Com isso, haverá a paralização (sic) de cursos, campi e possivelmente instituições inteiras, comprometendo a educação superior e a educação profissional e tecnológica (EPT)”, continua Weinraub, na página 6.
Procurado pela reportagem sobre o erro do ministro, o MEC não quis se manifestar.
Ainda no documento, o ministro da Educação demonstrou preocupação com temas polêmicos do governo Bolsonaro, a exemplo da ampliação do número de escolas cívico-militares.
Weintraub disse também que há risco de “recepção desfavorável na sociedade em geral e na imprensa” caso sejam suspensas bolsas de estudo no Brasil e exterior.
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