Virou febre e o mundo todo aderiu ao aplicativo que envelhece. No entanto, especialistas alertam que saciar a curiosidade sobre como você vai ficar daqui uns bons anos pode custar caro. Seus dados, para ser direto.
– As implicações da prisão de Julian Assange para a transparência global de dados
Em 2017, a empresa russa Wireless Lab criou o FaceApp e agora aproveita o boom para colher informações sobre os usuários, para assim, construir uma enorme base de dados. Com sua autorização.
É preciso ficar atento, pois a política de privacidade deixa claro que ao fazer o download, o usuário concorda em fornecer ‘diretamente’ fotografias e outros elementos, como o histórico de navegação.
“Usamos ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e as tendências de uso do serviço. Estas ferramentas reúnem informação enviada pelo seu dispositivo ou pelo nosso serviço, incluindo as páginas da web que visita”, diz o texto institucional da política de privacidade do aplicativo.
– Uso de dados, transparência e privacidade: Mais perguntas do que respostas
Tem mais, a companhia russa afirma que “não pode garantir a segurança das informações que você transmite ao FaceApp ou garantir que essas informações no serviço não possam ser acessadas, abertas, alteradas ou destruídas”.
O FaceApp está no topo na lista dos mais baixados na Apple Store e na Google Play, esta com mais de 50 milhões de downloads. O dispositivo usa de inteligência artificial para transformar o rosto.
Especialistas pedem atenção e controle do fluxo de aplicativos baixados. Além disso, é sempre bom evitar fazer login via Facebook. Se não for possível, tente desabilitar o compartilhamento de fotos do perfil ou do endereço de e-mail.
Dados seguros
Desde o escândalo envolvendo Facebook e o compartilhamento de dados sem autorização, governos tomaram precaução para proteger a segurança dos internautas.
No Brasil, por exemplo, foi aprovada em 2018 a Lei Geral de Proteção de Dados. A medida garante aos usuários o controle de suas informações coletadas no território nacional. A lei, porém, só entra em vigor em 2020.
A vigência da proteção de dados fará com que controladores tenham que solicitar a autorização do uso de dados pessoas. As empresas não poderão usar as informações para fins além dos que foram autorizadas.
O consumidor sai ganhando com mais clareza e quem descumprir a Lei Geral de Proteção de Dados pode pagar multa de 2% do faturamento ou valor máximo de US$ 50 milhões.
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