Após análise do risco à segurança dos trabalhadores, auditores-fiscais do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia interditaram cinco barragens em Minas Gerais nesta terça (9) e quarta-feira (10): Forquilha I do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto; Forquilha II do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto; Forquilha III do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto; Marés II do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto; Maravilhas II do Complexo de Vargem Grande, em Nova Lima; e Grupo do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto.
O coordenador da Comissão Permanente do Setor Mineral da Superintendência Regional do Trabalho no estado, Mário Parreiras de Faria, apontou a existência de grave e iminente risco nestas barragens.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) proibiu, desde 31 de março, 36 barragens de realizarem qualquer depósito de rejeitos. A proibição se deve à ausência de declaração de condições de estabilidade, que as empresas precisam apresentar à ANM de seis em seis meses.
“Todas essas barragens estão sendo fiscalizadas pelos auditores-fiscais. Até o momento, interditamos nove barragens”, relatou Faria. “Interrompemos qualquer atividade do local, exceto as atividades para correção dos problemas da barragem, desde que não coloquem os trabalhadores em risco”, completou Faria.
Segundo o Ministério da Economia, a estimativa é de que no setor de mineração, para cada grupo de 100 mil empregados, a taxa de mortalidade seja de 14,79 óbitos, enquanto a taxa geral no Brasil é 5,57 mortes. “Em 2017, a taxa de mortalidade no setor foi cerca de 2,65 maior que a média dos demais setores”, afirma Faria. “Precisamos exercer uma vigilância constante nessas empresas para diminuir os acidentes”, defendeu.
BN
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