A ideia era deixar o ambiente mais tranquilo e acolhedor para os alunos, diz Carlos Pires, diretor do Ibetaa (Instituto Brasileiro de Educação e Terapia Assistida por Animais).
A terra-nova Belinha, 6, o samoieda Snow, 3, e o pug Wisky, 4, foram os primeiros a ir ao local na primeira semana após o ataque, ocorrido no dia 13 e que vitimou cinco alunos e duas funcionárias. Inicialmente, jovens, pais, professores e psicólogos fizeram rodas de conversas e homenagearam os mortos.
Os cães estiveram por ali para dar carinho e receber abraços e afagos dos alunos, ainda traumatizados com o crime. Com a visita, dão suporte emocional às pessoas em situações vulneráveis.Em ação voluntária, o grupo propôs a presença dos animais por duas semanas, e o resultado é considerado positivo.
“A gente tem experiência, sabe que vai dar certo. A presença do cão humanizou ambiente, ficou mais tranquilo, mais acolhedor [para receber os alunos]”, diz Pires ao lembrar que, no dia 19, primeiro dia dos trabalhos, ao menos seis jovens abraçaram os animais.Na quarta (27), os animais iniciaram a visita na hora do intervalo.
“Visitamos a sala de aula onde psicólogos estão conversando com os alunos, e os cães de terapia estão presentes, humanizando o ambiente”, diz o presidente do Ibetaa.O Ibetaa existe desde 2012 e atua com cães de terapia para auxiliar no tratamento de crianças com deficiência física, motora, cognitiva ou com problemas emocionais.
Além de pet terapia, o grupo faz visitas assistidas com animais em hospitais de São Paulo.Atualmente, o grupo tem 11 voluntários de quatro patas, de diferentes raças e portes. Para isso, cachorro e tutor precisaram passar por avaliação e capacitação.
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