O ministro Augusto Heleno disse nesta quarta-feira (2), em entrevista à GloboNews, que Jair Bolsonaro prefere uma reforma da Previdência “factível”, que o governo consiga “brigar” para aprovar, a uma reforma “perfeita”. Heleno afirmou que o presidente quer a aprovação o “mais rápido possível”.
“Olha, Bolsonaro é um fenômeno político – ninguém tem dúvida disso, até quem não gosta dele tem de reconhecer que um sujeito que enfrentou o que ele enfrentou… consegue ser eleito… e não é de graça: ele tem sensibilidade muito grande para assuntos principalmente mais delicados da política. A Previdência, eu tenho ouvido dele: ele tem dito, prefiro tentar a aprovação de algo que nós tenhamos condições de brigar para ser aprovado do que tentar uma reforma da Previdência perfeita que sei que não vai passar. E quando ele fala sei que não vai passar, ele tem certeza que não vai passar”.
Perguntado se se tratava de uma proposta fatiada, Heleno disse: “ele não fala em fatiamento. Ele fala: ‘Vamos propor uma reforma factível, que tenha chance de passar’. E mesmo assim precisa ter convencimento. O mais rápido possível, ele sabe que tem de ser no curto prazo”.
Heleno respondeu também sobre as explicações do ex-motorista Fabricio Queiroz, que trabalhou para Flavio Bolsonaro. Heleno afirmou que faltam esclarecimentos do ex-assessor que, segundo o Coaf, fez movimentações atípicas de R$ 1, 2 milhões.
“Ouvi do presidente que ele não é investigado e não tem nenhum medo do que apareceu. O próprio Flavio já disse que ele não tem preocupação com o desfecho disso aí. Então, o ator principal, continua sendo esperada a manifestação dele com algo mais consistente. Eu não achei a manifestação dele absolutamente consistente. Pode ser aquilo? Pode. Quem está de fora espera? Uma declaração, uma coisa provada”.
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