Na Bahia, a plataforma MapBiomas indicou mais de 100 alertas de desmatamento nas áreas de risco, que possibilita a detecção em alta resolução de desmatamentos e infrações ambientais, além dos alertas do programa Harpia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Polícia Federal.
No extremo sul baiano, foram apurados 35 alertas em municípios como Belmonte, Santa Luzia, Canavieiras e Una. Ao todo, mais de 370 hectares de áreas desmatadas estão sendo objeto de embargos e os responsáveis serão multados pelas infrações cometidas e penalizados judicialmente.
Para o promotor de Justiça Augusto César Matos, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Ceama), mais de 90% dessas áreas já estavam cadastradas no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), demonstrando que, apesar do registro, o desmatamento ilegal continua a ocorrer.
“A Operação Mata Atlântica em Pé é um exemplo de como o uso de tecnologia pode auxiliar no combate ao desmatamento. O monitoramento por satélite, aliado a parcerias entre instituições ambientais e o Ministério Público, tem permitido uma fiscalização mais eficiente e ágil. A operação reforça a necessidade urgente de ações mais firmes para preservar esse bioma tão importante para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do estado e do país”, destacou o promotor de Justiça Augusto César Matos.
Foram identificados no país 17.124 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa, superando os 15,4 mil hectares de 2023 e os 11,9 mil hectares de 2022. As multas aplicadas, que somam mais de R$ 137 milhões, representam o maior valor já registrado em todas as edições da operação. O Piauí foi o estado mais afetado, com 7.300 hectares desmatados, seguido por Minas Gerais (2.854 hectares) e Espírito Santo (1.029 hectares). Minas Gerais também liderou no valor de multas aplicadas, com mais de R$ 56,2 milhões em penalidades.
BN
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