Sobe para 23 o número de mortes por dengue na Bahia; 285 cidades enfrentam epidemia da doença

Divulgação: SMS Salvador

O número de mortes causadas pela dengue na Bahia chegou a 23, de acordo com dados confirmados, neste sábado (30), pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O novo caso foi registrado em Carinhanha, na região sudoeste.

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, 285 municípios estão em estado de epidemia (68% das cidades), entre eles a capital Salvador. Outras 45 cidades estão em risco e 12 em estado de alerta.

A Bahia contabiliza 92.903 casos prováveis de dengue, sendo que a macrorregião de saúde Sudoeste concentra 37.892 casos.

Guanambi é a 15ª cidade com maior número de casos da doença, com 932 notificações.

As mortes pela doença no estado foram registradas em 13 municípios.

Confira as cidades onde ocorreram as mortes:

Jacaraci, no sudoeste da Bahia (4)
Piripá, no sudoeste da Bahia (3)
Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia (5)
Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano (2)
Barra do Choça, no sudoeste da Bahia (1)
Feira de Santana, a 100 km de Salvador (1)
Ibiassucê, no sudoeste da Bahia (1)
Irecê, no norte da Bahia (1)
Santo Estevão, a 150 km de Salvador (1)
Campo Formoso, no norte da Bahia (1)
Caetité, no sudoeste (1)
Juazeiro, no norte do estado (1)
Carinhanha, no sudoeste (1)

Esforços municipais
Os municípios baianos têm reforçado ações para atender o aumento de casos e, consequentemente, a pressão nos sistemas de saúde.

Na capital baiana, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde se uniu ao Exército para combater o Aedes aegypti, agente transmissor também da zika e chikungunya.

O objetivo é capacitar soldados para criar “multiplicadores” de ações e informações de combate ao mosquito. Na prática, a força militar vai se juntar aos agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses, repassando orientações preventivas para a população dentro e fora dos quarteis.

A diretora de Vigilância à Saúde da cidade, Andrea Salvador, destacou ainda o uso de “bombas costais” de efeito residual.

“Nós as utilizamos principalmente em escolas, postos de saúde, onde esse efeito residual, através dessas bombas, é colocar o inseticida nas paredes. Essas paredes ficam impregnadas e repelem o mosquito”, explica.
Em meio às ações do poder público, a diretora cobrou que a população também colabore, prevenindo a proliferação do mosquito.

Já em Juazeiro, no norte do estado, a prefeitura relatou que atendeu mais de 250 denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti através do canal “Dengue Zap”. A gestão criou a ferramenta para auxiliar na identificação e combate aos focos de reprodução do mosquito.

“Estamos com os agentes em campo, nos turnos matutino e vespertino e nos fins de semana em áreas que consideramos de risco ou com índice de infestação preocupante”, afirmou o agente de endemias Diego Alves.

Ele reforçou o pedido da prefeitura para que a população receba os agentes em casa, e permita que o trabalho de prevenção e combate à proliferação do Aedes aegypti seja feito.

Ações do estado
Em todo o estado, o governo da Bahia também intensificou ações de sensibilização e mobilização para prevenir as três doenças transmitidas pelo mosquito.

Além disso, foram adquiridos novos carros de fumacê e aproximadamente 12 mil kits foram distribuídos para os agentes de Combate às Endemias. Conforme a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a pasta tem prestado apoio para intensificação dos mutirões de limpeza, com o auxílio das forças de segurança e emergência, e aquisição de medicamentos e insumos.

BN


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