Um homem de 34 anos foi preso em Camaçari (BA) suspeito de estuprar e obrigar uma mulher a se prostituir por quatro anos. A vítima procurou uma delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Belo Horizonte, no dia 12 de janeiro, para denunciar que estava sendo feita escrava sexual.
Ela tinha se mudado para Camaçari em 2020, quando os crimes começaram. O suspeito, fingindo ser mulher, passou a conversar com a vítima pelo WhatsApp e, ao conquistar a confiança dela, sugeriu que ela fizesse fotos nuas, sem mostrar o rosto, para serem enviadas para o exterior.
Depois que a mulher, que tinha acabado de se divorciar e estava em situação de vulnerabilidade, fez as fotografias, o homem começou a ameaçá-la.
“Ela não recebe nenhum direito em troca dessas fotos, e ele então passa a chantageá-la e extorqui-la, exigindo dinheiro para que essas fotos não sejam divulgadas”, explicou a delegada Larissa Mascotte, da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual.
Segundo a Polícia Civil, com medo, a vítima se encontrou pessoalmente com o suspeito, que a estuprou e filmou o crime. As ameaças, então, se intensificaram, e o homem passou a obrigar a mulher a se prostituir.
“O dinheiro de todos os programas era encaminhado diretamente para ele, ela não via nenhum centavo desses programas”, afirmou a delegada.
De acordo com as investigações, o suspeito ainda colocou um aplicativo espião no celular da vítima e passou a monitorar e controlar a localização dela, as mensagens e os contatos.
Após a denúncia, a polícia planejou uma operação, realizada nesta quarta-feira (24), para prender o homem, que é empresário do ramo de cosméticos em Camaçari. Segundo a delegada, ele já tinha sido preso na Bahia pelos mesmos crimes e é investigado por aliciar cerca de 40 mulheres para prostituição.
“Apreendemos o celular da vítima, que fazia esse monitoramento dela o tempo todo, e a orientamos a ficar em um local seguro. Iniciamos essa operação na cidade de Camaçari, onde, após vários levantamentos, conseguimos efetuar a prisão do autor”, afirmou a delegada.
As investigações vão continuar para apurar se o suspeito estava agindo sozinho e identificar outras possíveis vítimas.
G1
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