O assassinato do médico baiano Perseu Almeida, morto a tiros em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, gerou comoção de familiares, amigos, instituições e autoridades. Amigo e colega de trabalho, o também médico ortopedista Edvaldo Correia Lago Junior soube da notícia na manhã desta quinta-feira (5), horas depois do crime acontecer.
“Eu soube quando abri as redes sociais nesta manhã. Quando vi, pensei ‘Não é possível, será que confundiram ele com alguém? ’”, disse Lago Junior, que só acreditou no ocorrido após receber a confirmação de um outro colega, que participava do mesmo congresso que Almeida, no Rio.
Segundo Lago Junior, Perseu era um excelente profissional e não tinha envolvimento com nada de errado. “Era um cara do bem e trabalhador. Saiu daqui para estudar no Rio. Infelizmente, deixou dois filhos, inclusive, uma menininha com 4 anos, idade da minha filha”, disse. Os dois médicos eram companheiros de plantão às quartas-feiras, no Hospital Geral Prado Valadares, em Jequié, onde Perseu morava desde o início do ano. Para participar do congresso no Rio, ele trocou o plantão com outro colega.
Em nota, a unidade de saúde lamentou o ocorrido. “Por sua dedicação e pelos excelentes serviços prestados na nossa unidade, expressamos nossas sinceras condolências à família”, afirmou em trecho da nota publicada no Instagram. A Sociedade de Ortopedia e Traumatologia – Regional Bahia (SBOT-BA) também publicou uma nota de pesar. “SBOT-BA presta solidariedade e emite as mais sinceras condolências à família e aos amigos do médico, que era sócio da regional.”
Perseu também atendia em mais três unidades de saúde: no Hospital Geral de Ipiaú e nas clínicas Cliort e OrtoPhD. As duas primeiras são de Ipiaú, enquanto a última está localizada em Jequié. A Cliort pertence à família de Perseu, que era filho de um médico ortopedista. O pai morreu quando o filho ainda estava na faculdade, vítima de um acidente de carro.
Por meio de nota, a prefeitura de Ipiaú se solidarizou com amigos e familiares do médico. “O Dr. Perseu dedicou os últimos 5 meses de sua vida ao Hospital Geral de Ipiaú, onde atendia com dedicação e comprometimento os cidadãos de Ipiaú e da região. Neste momento de luto, expressamos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e colegas.”
A Faculdade Zarns, antiga Medicina FTC, também lamentou o ocorrido. Perseu formou na instituição em 2017. “A Faculdade Zarns Salvador (antiga Medicina FTC) lamenta, com imenso pesar, em nome da direção, professores, funcionários e colegas, a morte do ex-aluno e médico Perseu Ribeiro”, afirmou em nota.
Quem também publicou uma nota de pesar foi o presidente Lula (PT), por meio da rede social X, antigo Twitter. “Como já disse o Ministro Flávio Dino, o governo federal irá acompanhar as investigações, especialmente diante da possível motivação política das execuções”, afirmou.
Dois médicos que estavam com Perseu no momento do crime também foram assassinados. Marcos Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, que era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP). Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, também estava no local. Ele foi levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge com pelo menos 3 tiros.
Correio24Horas
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