Roberto Jefferson atingiu, com dois tiros, a agente federal Karina Lino de Miranda, no dia 23 de outubro do ano passado. Por essa razão, a PF move um processo cível contra o ex-deputado federal em que cobra R$ 1 milhão de indenização por danos morais, físicos, estéticos, psicológicos, à honra e à reputação.
O acesso de Jefferson ao Tribunal do Júri no processo criminal levou em consideração quatro tentativas de homicídio contra agentes federais. A advogada Estela Nunes justifica que a policial Karina foi exposta, pois o ex-deputado filmava e publicava vídeos em suas redes sociais.
Além disso, Roberto Jefferson foi apontado como autor de deboche dos agentes nas redes, após ferir Karina e outros policiais. No período, ele teria dito que “o pau cantou, que havia atirado nos policiais e que ia piorar muito”.
A advogada Estela Nunes relatou que Karina perdeu a sensibilidade no rosto e no quadril, onde ficou ferida.
“Ela teve danos físicos, teve danos estéticos porque ela está com cicatrizes e ela vai ficar com cicatrizes e ela tem o dano, que acho que é o maior dos danos, que é o psicológico. Na região do quadril e no rosto teve perda de sensibilidade a toque, calor e frio. Essas sequelas ficaram e, além disso, a marca no rosto lembra diariamente a ela a violência que ela sofreu”, enfatizou a defesa, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo.
Apesar da agente ter uma vida discreta e preservada, para garantir sua segurança e a de sua família, a exposição feita pelo ex-deputado a deixou como alvo de disseminação de informações distorcidas, ataques difamatórios e desqualificação. Até então, a ação, ativada na 1ª Vara da Comarca de Três Rios, Areal e Levy Gasparian, está em sua fase inicial.
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