Em contato com o programa Jornal da Nova, o delegado regional de Polícia Civil Rodrigo Fernando comentou a respeito dos planos que a dupla detida em Itagibá para realizar ataque a uma escola estadual, que envolviam não só o massacre de alunos e professores como o enfrentamento a policiais e, na sequência, uma fuga até a biblioteca da escola, onde pretendiam se trancar e cometer duplo suicídio.
Segundo o policial, o ataque só não aconteceu porque a dupla buscava também adquirir uma arma de fogo para aumentar o poder de ataque. Eles não tinham ainda conseguido encontrar onde comprar e também não tinham dinheiro para isso, muito embora tenham divulgado a existência de uma machadinha e uma faca do tipo peixeira que já estava sendo divulgada nas redes sociais dos jovens de 17 e 18 anos de idade.
“O jovem de 17 anos não tem comportamento agressivo, não tem envolvimento com a marginalidade, é muito calado e falta muito às aulas. Ele assumiu o crime. Já o de 18 tem pai açougueiro, com o qual ele conseguiu a faca, é mais extrovertido, não assume o crime e teve sua mãe recentemente flagranteada por tráfico de drogas”, disse.
A Polícia Civil deverá agora investigar o conteúdo dos telefones celulares apreendidos com o objetivo de identificar mais elementos que possam levar até outros envolvidos no planejamento do atentado, incluindo contato com outros adolescentes no estado de Santa Catarina.
De acordo com o delegado, o adolescente deverá ser reintegrado à sua família para que possa receber atendimento psicológico e o de 18 anos também será liberado. “A priori não configura crime, só intenção. Conseguimos evitar uma possível tragédia mas a análise dos telefones celulares poderá revelar novos elementos que podem resultar na apreensão do menor e detenção de seu colega com a responsabilização por prováveis crimes”, acrescentou.
Ipiaú Online
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